Seca pode deslocar mais de 1 milhão de pessoas na Somália

País enfrenta a pior escassez de água dos últimos 40 anos.
País enfrenta a pior escassez de água dos últimos 40 anos.

Com a piora da seca na Somália, mais de 1 milhão de pessoas podem ficar deslocadas até abril. Os dados são da última análise da Organização Internacional para as Migrações, OIM.

A escassez de água é a pior em 40 anos em algumas partes do país. Os furos e poços rasos estão secando. Ainda há relatos que o gado está morrendo e a alta nos preços de alimentos essenciais estão deixando os bens inacessíveis para a maioria dos somalis.

Estado de emergência

A seca generalizada no extremo leste da África impactou severamente a Somália, levando o governo a declarar estado de emergência em novembro de 2021.

De acordo com a OIM, mais de 3,2 milhões de pessoas foram afetadas e cerca de 245 mil pessoas forçadas a abandonar suas casas em busca de comida, água e pastagens, especialmente no centro e sul do país.

A agência da ONU acredita que as condições devem seguir se agravando, já que a Somália enfrenta o risco de uma quarta temporada consecutiva com poucas chuvas, entre abril e junho.

Com a gravidade da seca atual e uma análise de dados de 2017, o relatório prevê que pelo menos 1 milhão de pessoas podem ser deslocadas nos próximos seis meses. A pior previsão estima que mais de 1,4 milhão somalis podem deixar suas casas.

Assistência

As comunidades precisam de assistência urgente, especialmente os deslocados internos e os migrantes que continuam enfrentando condições de vida precárias e falta de serviços. Há uma estimativa de 2,9 milhões de deslocados internos na Somália.

De acordo com o coordenador de Emergências da OIM na Somália, Mohamed Abdelazim, a ação imediata é fundamental para evitar que esse número siga subindo.

Na Somália, as condições de seca historicamente criaram atritos sobre áreas de pastagem e fontes de água, aumentando os conflitos e o número de pessoas forçadas a se mudar.

A OIM está trabalhando em colaboração com o governo, outras agências da ONU e parceiros locais para levar água aos deslocados internos, migrantes e grupos vulneráveis.

Transporte de água, distribuição de kits de higiene e construção de furos e poços rasos estão em andamento em mais de cem locais.

Os esforços visam evitar um desastre humanitário ampliado pelos conflitos em andamento e impactos adicionais das mudanças climáticas. A iniciativa deve atingir 255 mil pessoas até o final de março.

*Com informações da ONU News.


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