Associação Quilombola interrompe protesto em escola e exige respeito da APLB de Feira de Santana

Dirigente da associação, José Raimundo dos Santos, também falou e solicitou que a solenidade não ganhasse um tom político.
Dirigente da associação, José Raimundo dos Santos, também falou e solicitou que a solenidade não ganhasse um tom político.

“Este é o dia da realização de um grande sonho, um dia de alegria e de felicidade para a nossa comunidade e ninguém vai tirar o brilho dele”, declarou a presidente da Associação Quilombola Comunitária de Maria Quitéria, Renilda Cruz dos Santos, conhecida como Nina, em reação à invasão de membros da APLB Sindicato ao ato de inauguração da Escola Municipal Quilombola Luiz Pereira dos Santos, a primeira unidade de ensino quilombola de Feira de Santana.

A solenidade acontecia tranquilamente na manhã desta sexta-feira (06/05/2022), quando um pequeno grupo de representantes do sindicato começou a gritar palavras de ordem em protesto ao Governo Municipal, tentando transformar a cerimônia num ato político.

A reação foi imediata. Visivelmente emocionada, a presidente da Associação pediu a palavra ao prefeito que até então estava conduzindo o ato. Em sua fala, Nina chorou e pediu a todos os presentes que respeitassem o “momento da comunidade, a realização de um sonho para todos, principalmente para nossos antepassados e para nossa família aqui presente”.

“Respeitamos a luta dos professores, mas todos nós aqui sonhamos com este momento há muitos anos. Respeitem o povo que formou esta comunidade e lutou pela educação que aqui é oferecida. Foi meu avô Luiz, que hoje se torna patrono da escola, quem formou esta comunidade e ele precisa ser lembrado com respeito”, bradou a presidente.

“Vovô Luiz vive e está presente nesta comunidade”, destacou a representante. Nina também ressaltou que a escola entregue hoje pelo prefeito Colbert Martins representa o povo de toda a comunidade de Lagoa Grande – são os nossos ancestrais, novo povo e sangue. “Respeite a nossa história e a nossa comunidade, Aplb!”, declarou.

A dirigente pediu desculpas ao prefeito por “ter tomado a palavra”, destacando que seu desabafo era inevitável. Outro dirigente da associação, José Raimundo dos Santos, também falou e solicitou que a solenidade não ganhasse um tom político.


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