O mercado de carbono, também conhecido como mercado de crédito de carbono, é um sistema financeiro que tem como objetivo incentivar a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas. O conceito baseia-se na premissa de que as emissões de carbono têm um custo ambiental, e as empresas podem compensar suas emissões adquirindo créditos de carbono.
Os créditos de carbono representam a redução, remoção ou compensação de uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente emitida por uma atividade ou projeto. Esses créditos são certificados e podem ser comprados e vendidos no mercado, permitindo que empresas, governos e organizações cumpram suas metas de redução de emissões.
No mercado de carbono, as empresas que conseguem reduzir suas emissões abaixo de um limite estabelecido podem vender os créditos excedentes para outras entidades que excedem seus limites e precisam compensar suas emissões. Dessa forma, é criado um incentivo econômico para a redução de emissões, estimulando a adoção de práticas sustentáveis e o investimento em projetos de baixo carbono.
O mercado de carbono desempenha um papel importante no contexto do Protocolo de Kyoto e do Acordo de Paris, que buscam mitigar as mudanças climáticas por meio da redução das emissões de GEE. Além disso, também pode ser uma fonte de financiamento para projetos de energia limpa e sustentável, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a transição para uma economia de baixo carbono.
O mercado de crédito de carbono é um sistema de compensação de emissão de carbono. Funciona assim: cada empresa tem um limite determinado para emitir gases de efeito estufa. As que emitem menos ficam com créditos, que podem ser vendidos àquelas que passaram do limite. O crédito de carbono equivale a 1 tonelada de gás carbônico (CO²) ou outros gases que deixou de ser emitida para a atmosfera.
Os mercados de carbono passaram a ganhar mais ênfase em todo o mundo desde a assinatura, por países da Organização das Nações Unidas (ONU), do Protocolo de Kyoto, em 1997. O acordo entre as nações estabeleceu a meta de que países desenvolvidos deveriam diminuir em 5,2% suas emissões de gases que provocam o chamado efeito estufa. A redução deveria ocorrer até 2012. Já em 2015, com a assinatura do Acordo de Paris, as metas foram renovadas e passaram a contar com incentivos à iniciativa privada.
A descarbonização é uma das quatro missões previstas no Plano de Retomada da Indústria, apresentado pela Confederação Nacional da Indústria — transformação digital; defesa e segurança nacional e saúde e segurança sanitária são as outras três missões. O documento estabelece a criação e implementação do mercado regulado de carbono como um dos programas para desenvolver uma economia de baixo carbono.
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