Redução de vendas para Estados Unidos e China explicam queda do saldo comercial, diz secretário

Brasília – O Brasil exportou US$ 11,985 bilhões em maio, o que representou queda de 2,7% na comparação com abril. Em contrapartida, as importações somaram US$ 9,334 milhões, um aumento de 8,4% na mesma base de comparação.

A diferença resultou em um saldo comercial de US$ 2,651 bilhões, com redução de 28,6% em relação ao resultado do mês anterior, que foi de US$ 3,713 bilhões.

Os números foram divulgados hoje (01/06/2009) pelo secretário de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral. Segundo ele, a queda ocorreu porque “houve redução de vendas para alguns dos nossos parceiros mais tradicionais”, como Estados Unidos (-19,4%) e China (-7,7%), na comparação de maio comabril.

O secretário apontou como positivo o fato de ter tido uma retomada no ritmo de exportações para Portugal, Reino Unido, Peru e Bélgica. Esses países, de acordo com ele, compraram mais petróleo, soja, fumo, suco de laranja, máquinas e equipamentos do Brasil.

Barral disse que os principais produtos brasileiros exportados em maio, em valores, foram: soja em grão (US$ 1,723 bilhão), minério de ferro (US$ 803,3 milhões), óleos brutos de petróleo (US$ 602,8 milhões), farelo de soja (US$ 492,1 milhões), açúcar em bruto (US$ 469,8 milhões), carne de frango (US$ 381,1 milhões), fumo em folhas (US$ 327,9 milhões), café em grão (US$ 258 milhões), automóveis (US$ 250,7 milhões) e carne bovina (US$ 234,4 milhões).

Em relação a abril, houve redução nos valores exportados de quase todos esses produtos, exceto para o açúcar em bruto e o fumo em folhas, que tiveram crescimento de 72,9% e 44,5% respectivamente.

As exportações nacionais caíram 22,2% no acumulado de janeiro a maio, em relação ao mesmo período do ano passado. As importações caíram ainda mais, 26,6%. Com isso, o saldo comercial, até agora, acumula montante de US$ 9,372 bilhões, o que significa 9,3% a mais do que os US$ 8,573 bilhões contabilizados nos cinco primeiros meses de 2008.

Nos cinco primeiros meses de 2009, o Brasil vendeu menos 30,5% de manufaturados (aviões, automóveis, autopeças, óleo combustível, bombas e compressores, laminados planos, aparelhos transmissores e receptores, etanol, suco de laranja, calçados, dentre outros). A queda também foi acentuada na venda de produtos semimanufaturados de ferro e aço, couros e peles, ferro fundido, celulose, alumínio em bruto e açúcar. O país exportou menos 27,7% desse grupo de produtos.

Com relação aos produtos básicos, principalmente alimentos e minérios em bruto, houve redução de 6,5% nas vendas nacionais em razão da queda no preço das commodities – produtos com cotação internacional, como petróleo, minérios e alimentos. Atualmente, segundo Barral, esses produtos esboçam alguma reação.

De acordo com o secretário, por mercados de destino, houve crescimento apenas para a Ásia (11,2%), com destaque para a China (35,6%) por conta de minério de ferro, soja em grão, celulose e siderúrgicos.

Os principais países de destino das exportações brasileiras, no acumulado de janeiro amaio, foram: China (US$ 7,686 bilhões), Estados Unidos (US$ 6 bilhões), Argentina (US$ 3,892 bilhões), Países Baixos (US$ 3,1 bilhões) e Alemanha (US$ 2,1 bilhões).

Os países que mais venderam para o Brasil foram: Estados Unidos (US$ 8,246 bilhões), China (US$ 5,681 bilhões), Argentina (US$ 3,93 bilhões), Alemanha (US$ 3,5 bilhões) e Japão (US$ 2,2 bilhões).

*Com informações  da Agência Brasil


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