É como qualifico a redução do IPI pelo Governo Federal. Ora, reduzir 10% no IPI, não significa 10% de desconto no preço final do produto, sobretudo quando se fala em produtos componentes de insumos da Construção Civil. Aliás, significa algo real em torno de 2%com muito otimismo, isto quando o revendedor repassa o incentivo.
Mas as considerações não terminam por aí, nos produtos da linha qualificada como “branca” (geladeiras, fogões, etc) até consegue-se perceber menos acanhadamente o incentivo, uma vez que a redução do imposto incide sobre a totalidade do produto, o que não é verdade, quando falamos de Construção Civil, onde muitos dos produtos relacionados nos 30 grupos de materiais, são apenas componentes juntamente com outros produtos não contemplados no incentivo. Isto faz a redução real no preço final do produto oscilar entre 1 e 2%. Percentuais tão irrisórios perdem em disparada para os descontos já praticados pelos incorporadores, haja vista, não é raro se praticar no mercado descontos de 5 a mais de 10%.
A grande jogada de mestre feita pelo governo é bom para todo mundo, mesmo quando ele declarado estar deixando de arrecadar milhões de reais, uma vez que a demanda de consumo tem respondido positivamente, muito além das expectativas, a ponto de o próprio governo já estar falando em prorrogar o período de incentivo ou até mesmo de deixá-lo perdurar sem limitação de tempo. Já os incorporadores ganham por manter os negócios em andamento, mesmo quando se fala em crise, uma vez que conforme já citei, o desconto final não é nada de anormal para o comércio de um país capitalista.
Já o consumidor, movido pela idéia de “10% de desconto”, num cenário de crise, sente-se comprando a preços menores do que poderiam ser, é como comprar no mesmo preço anterior ao da famigerada crise econômica. Não vou me surpreender se me disserem depois que o governo lançou mãos de assessoria psicológica para empreender tão acertadamente numa situação de crise onde muitas potências econômicas estão à beira da sucumbência.
Mais uma vez parabéns ao Presidente Lula pela perspicácia de lançar na mesma áurea de crise e de “solução” o programa “Minha casa, Minha Vida” que, ligando a crise à solução, tira de letra frente a tantos chefes de estado, hawardianos, doutores, etc, que já governaram o país anteriormente. Neste contexto, o importante é que o brasileiro está otimista, o presidente recebe elogios de outros chefes de estado e o país adquire divisas frente a outras nações pelo mundo.
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