Bahia é o pior estado em arrecadação no Nordeste

Gaban apresenta números oficiais que confirmam que governo não age contra crise. A Bahia é o último estado do Nordeste no ranking da arrecadação do ICMS. Nacionalmente, o estado ocupa a penúltima posição no ranking. Os números foram divulgados hoje (24/07/2009) pelo deputado estadual Carlos Gaban (DEM), que obteve as informações junto à Secretaria da Fazenda de Pernambuco (veja a tabela em anexo). O democrata, que vem denunciando a situação preocupante das finanças da Bahia, também fez um comparativo entre a arrecadação de ICMS de dois estados nordestinos (Pernambuco e Ceará), um do sudeste (Rio de Janeiro) e um do sul (Rio Grande do Sul). “Também saímos perdendo”, lamenta o deputado.

Entre os estados do Nordeste, a Bahia é o único cuja variação do ICMS entre 2008 e 2009 foi entre janeiro e abril (menos 7,2%), conforme revela a tabela da Secretaria da Fazenda de Pernambuco. Mesmo com a crise, Piauí teve uma variação positiva de 11,46% e Sergipe de 10,36%. Os dois estados foram os que apresentaram resultados mais positivos. Logo depois aparecem Maranhão (7,88%), Pernambuco (6,55%), Alagoas (6,35%), Ceará (6%), Paraíba (5,46%) e Rio Grande do Norte (5,41%). “Isso serve para mostrar que, infelizmente, a Bahia nada fez de concreto para aumentar sua arrecadação”, frisou Gaban.

No bolo da arrecadação nacional, apenas Amazonas (menos 1,34%), Bahia (menos 7,12%) e Minas Gerais (menos 10,69) tiveram variação negativa entre janeiro e abril deste ano. O melhor desempenho percentual é o do Acre, com uma variação positiva de 19,85%. Pernambuco, que tem tirado investimentos da Bahia por incompetência do governo Wagner, ocupa a 14º posição, com uma variação positiva de 6,55%.

O gabinete de Gaban fez uma comparação mensal sobre a arrecadação do ICMS entre a Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Sempre em comparação ao mesmo mês do ano passado, a Bahia teve uma variação de menos 2,7% em janeiro, 11% em fevereiro e 9,8% em março. O Ceará obteve números positivos em janeiro (11,7%), fevereiro (1,52%) e março (9,8%). E Pernambuco variou 8,9% (janeiro), 5,1% (fevereiro) e 7,2%. Os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do sul também apresentam desempenhos superiores aos da Bahia.

“Os auditores fiscais e os fazendários do nosso estado, de uma maneira geral, que sempre se orgulharam da Secretaria da Fazenda da Bahia ser uma referência nacional, devem estar, como eu, tristes e envergonhados com a atual performance do nosso estado. Resta agora tão somente uma anistia fiscal para aumentar a receita do nosso estado, ou que venha a acontecer um milagre no mundo, que impulsione também a nossa economia. O fato é que o governo da Bahia não vem fazendo o dever de casa”, ressaltou o democrata.

Valor – Gaban lembrou que o jornal Valor Econômico, na sua edição de quarta-feira (22), baseado em dados da Secretaria do Tesouro Nacional, aponta a Bahia como um dos quatro estados do país prestes a atingir o limite prudencial de gastos com pessoal, conforme o deputado já havia denunciado, o que já geraria penalidades. “Isso pode impedir a Bahia de contrair empréstimos no futuro. Lamentavelmente, o governo da Bahia continuou inerte e apenas se justificava, culpando a crise internacional.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.