A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (SEPLAN), informou, nesta quarta-feira (18), que o PIB 2007 foi revisado de 4,5% para 5,3%, ficando inalterado o valor nominal da soma das riquezas do estado em R$ 109,6 milhões.
Segundo o diretor-geral da SEI, Geraldo Reis, a revisão ocorreu em virtude da mudança do PIB Brasil de 2007 de 5,7% para 6,1%, sendo necessária a revisão dos PIBs de todos os estados para tornar os resultados coincidentes com a expressão monetária do PIB brasileiro. O trabalho foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com os órgãos estaduais de estatística do Brasil, entre eles, a SEI.
Apesar do incremento, a Bahia continua representando, em 2007, 4,1% do PIB do Brasil (mesma estrutura de 2006) e mantém a sua posição como a 6ª mais importante economia do país. O PIB per capita atingiu R$ 7.787,40 permanecendo na 19ª posição no ranking nacional. Na série 2002-2007, o PIB baiano continuou com o 11º maior crescimento em volume entre as 27 unidades da Federação, com crescimento real acumulado de 26,9%.
De acordo com o diretor de Indicadores e Estatísticas da SEI e membro do Comitê de Contas Regionais coordenado pelo IBGE, Gustavo Pessoti, o instituto utilizou processos estatísticos para mensurar a atividade econômica dos estados para o período anterior ao de 2002, chegando até o ano de 1995, igualando a série de dados do Brasil.
Essa retropolação, como é denominada tecnicamente, para o período 1995-2007, aumenta a base de comparação para os dados do PIB com a nova metodologia de cálculo do IBGE. Desta forma, é possível realizar estudos da economia brasileira de caráter estrutural e elaborar modelos de previsão da taxa de crescimento do PIB, que necessitam de séries estatísticas mais longas para que os modelos econométricos sejam rodados.
Agropecuária foi o setor que mais cresceu em 2007
A Agropecuária (setor primário) teve aumento real de 9,1%, em 2007, resultado da recuperação na produção de grãos, fortemente prejudicada pelas intempéries climáticas da safra 2006/2005. Contribuiu para esse desempenho, a expansão da produção do milho (45,5%), relacionada ao aumento da demanda internacional, uma vez que os EUA, um dos maiores produtores mundiais, destinaram parte de sua safra à produção de etanol.
A soja também teve um bom desempenho, com sua produção ampliada em 15,4%. Além dessas culturas, a expansão da produção do algodão herbáceo (38,9%), segundo mais importante produto da lavoura baiana, também contribuiu positivamente, propiciado pelo aumento de cerca de 10% das cotações da commoditie no mercado mundial. Em sentido contrário estão as culturas do feijão (-11%), que perdeu espaço para o milho, e a produção de cacau, que se retraiu em -9,9%.
A Indústria (setor secundário), com crescimento de 4,5%, em 2007, representa 28,2% da economia estadual. O resultado só não foi melhor porque a indústria de transformação apresentou crescimento de apenas 2,1%, enquanto as demais atividades industriais apresentaram crescimentos acima dos 5%.
A indústria extrativa, a construção civil e a produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, cresceram, 7,8%, 5,3% e 9,3%, respectivamente. O resultado da indústria extrativa chama a atenção pelos seus reflexos, em termos municipais, sobre a região da Baia de Camamu.
A taxa de crescimento está associada à duplicação de campos de extração de gás natural na Baia de Manati, que vai se refletir diretamente no PIB municipal de Cairú. Com esse aumento de atividade econômica, o município deverá apresentar-se com grande destaque, quando os dados do PIM municipal, para 2007, estiverem disponibilizados.
Já o setor de Serviços (setor terciário), com crescimento de 5%, em 2007, é responsável por 63,2% do valor adicionado do estado. Os principais destaques foram o Comércio (5,5%), fortemente influenciado pela melhoria do nível de renda, diminuição do desemprego e aumento do número de vínculos com carteira de trabalho, seguido da Intermediação financeira (12,8%), resultado da maior atividade econômica e os dos sues reflexos no mercado financeiro.
Também tiveram destaque, os Serviços de Informação (6,7%), decorrente do aumento dos serviços de telefonia móvel e ainda pelo aumento da inclusão digital e maior disseminação da Internet, e os Serviços prestados às empresas, com aumento de 6,8%, em decorrência do aumento de atividades de apoio ao setor industrial e agrícola.
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