Editorial: José Ronaldo e o Democratas sofrem revés político 

Governador Jaques Wagner (PT) recebe o deputado federal Fernando de Fabinho (PFL) e lideranças na governadoria, em Salvador, em 8 de março de 2010.
Governador Jaques Wagner (PT) recebe o deputado federal Fernando de Fabinho (PFL) e lideranças na governadoria, em Salvador, em 8 de março de 2010.

Em 5 de março de 2010, o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, enfrentou um golpe significativo com a saída de Fernando de Fabinho, compadre, amigo e aliado político, que migrou para apoiar um projeto do Partido dos Trabalhadores (PT). Esta mudança representou mais do que a perda de apoio político; simbolizou a incapacidade do Democratas (DEM) de unir forças em torno das lideranças de Paulo Souto, José Ronaldo, ACM Neto e José Carlos Aleluia.

O DEM agora enfrenta o mesmo processo que utilizou em seu favor por décadas: a cooptação de figuras políticas através da oferta de cargos e influência. O falecido senador Antônio Carlos Magalhães (ACM) consolidou sua hegemonia política dessa forma, atraindo apoios ao garantir espaço tanto no governo federal quanto estadual. Contudo, o atual cenário revela que a estratégia se esgotou, pois seus herdeiros políticos parecem não conseguir manter essa articulação de poder.

Nesse contexto, o partido enfrenta uma grave crise. A prisão de José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal, por corrupção, e a queda de apoio à candidatura de José Serra à presidência aprofundam as dificuldades. O prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta, se torna uma das últimas figuras do DEM ainda relevantes em prefeituras de grande porte. A situação do partido é alvo de chacota até mesmo entre seus antigos aliados, como o vereador Roberto Tourinho (PSB), que ironizou a situação do Democratas ao aconselhar seus colegas a “apagar a luz” ao sair.

O esvaziamento da liderança de Paulo Souto é evidente, com antigos aliados se afastando. O nome de Souto permanece na memória do eleitorado baiano, mas sua influência está em declínio. A percepção de que seu projeto político perdeu força é refletida no crescente número de dissidentes. Ainda assim, o editorial ressalta que, na política, mudanças inesperadas podem ocorrer, mantendo a imprevisibilidade do cenário.

Governador Jaques Wagner (PT) recebe o deputado federal Fernando de Fabinho (PFL) e lideranças na governadoria, em Salvador, em 8 de março de 2010.
Governador Jaques Wagner (PT) recebe o deputado federal Fernando de Fabinho (PFL) e lideranças na governadoria, em Salvador, em 8 de março de 2010.
Governador Jaques Wagner (PT) recebe o deputado federal Fernando de Fabinho (PFL) e lideranças na governadoria, em Salvador, em 8 de março de 2010.
Governador Jaques Wagner (PT) recebe o deputado federal Fernando de Fabinho (PFL) e lideranças na governadoria, em Salvador, em 8 de março de 2010.
Governador Jaques Wagner (PT) recebe o deputado federal Fernando de Fabinho (PFL) e lideranças na governadoria, em Salvador, em 8 de março de 2010.
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