O Impostômetro atingiu nesta terça-feira (14/12/2010) a marca recorde de R$ 1,2 trilhão. A ferramenta eletrônica calcula em tempo real o valor arrecadado em impostos pelos governos federal, estaduais e municipais. O Impostômetro foi desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) em parceria com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
No ano passado, o contador eletrônico registrou, no dia 31 de dezembro, o valor de R$ 1,09 trilhão. A vice-presidente do IBPT, Letícia do Amaral, atribui o recorde de arrecadação este ano à implementação de medidas para reduzir a sonegação, entre outros fatores. “As ferramentas de fiscalização, que tentam barrar a sonegação de tributos, estão mais eficientes, permitindo o crescimento de arrecadação. Por outro lado, sabemos que o brasileiro paga muito imposto. Mesmo existindo a sonegação, muitos brasileiros tentam manter o pagamento em dia.”
De acordo com a vice-presidente do IBPT, o instituto pretende criar mais duas ferramentas para monitorar a aplicação dos impostos arrecadados e informar a população: o Gastômetro e o Corruptômetro.
Para Letícia do Amaral, ferramentas como essas ajudam a conscientizar os brasileiros. “Essa ferramenta utiliza fontes diferentes, agrega arrecadação em nível federal, estadual e dos principais municípios brasileiros. O diferencial do Impostômetro é que ele computa as multas e juros dos impostos em atrasos, isso o governo não faz ainda. Devido à divulgação dessa arrecadação, a população tem se tornado muito mais consciente em relação aos seus direitos e deveres”, diz.
O professor de economia Bento Félix afirma que um dos fatores que influenciaram o recorde de arrecadação é a carga tributária do Brasil, uma das mais elevadas do mundo. “Precisamos de uma reforma tributária para incentivar a produção interna do País, que perde cada vez mais espaço para o mercado estrangeiro. As empresas que exportam para o Brasil pagam impostos até menores do que as empresas nacionais.”
De acordo com Félix, uma reforma tributária possibilitaria o aumento da produção do País, aumentando os empregos e as exportações. “A arrecadação de impostos poderia até aumentar, sem a necessidade de cobrar taxas altas, como temos hoje. Quando existem mais empregos, existe mais produção e a economia se aquece, o que resulta em mais consumo”.
Para visualizar o painel de divulgação da arrecadação de impostos basta acessar o site do Impostômetro.
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