Crianças na Líbia podem estar participando de conflito

Deshamanya Radhika Coomaraswamy é uma advogada, diplomata e defensora dos direitos humanos do Sri Lanka que serviu como Subsecretária Geral das Nações Unidas, Representante Especial para Crianças e Conflitos Armados.
Radhika Coomaraswamy, informou ter recebido relatos não-confirmados de que crianças estariam sendo recrutadas para participar do conflito civil na Líbia.

Representante da ONU recebeu relatos, não-confirmados, de que menores estariam sendo recrutados como combatentes; Unicef informou que crianças de até 7 anos foram vistas em manifestações em Benghazi.

A representante especial do Secretário-Geral para Crianças e Conflitos Armados, Radhika Coomaraswamy, informou ter recebido relatos não-confirmados de que crianças estariam sendo recrutadas para participar do conflito civil na Líbia.

A informação foi divulgada, nesta sexta-feira, durante uma entrevista da porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, em Genebra.

Linha de Frente

Segundo o Unicef, menores de até 7 anos foram vistos na linha de frente de manifestações em Benghazi, no leste do país. Muitos dos mortos e feridos na cidade têm de 15 a 35 anos de idade.

O porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, William Spindler, disse à Rádio ONU, de Paris, que o acesso ao oeste da Líbia é difícil devido aos confrontos.

“Há também uma preocupação com a falta de combustíveis e comida. Esta é a informação que temos do leste do país, onde temos acesso. Para a parte oeste, na região de Trípoli, nestes momentos há combates e grande insegurança e é impossível para as nossas equipes visitar estas regiões”, explicou.

Evacuação

Desde o início dos protestos contra o líder líbio Muammar Kadafi, no mês passado, 250 mil pessoas já deixaram o país.

Nesta sexta-feira, a Organização Internacional para Migrações, OIM, anunciou a evacuação de mais de 21 mil migrantes de países que fazem fronteira com a Líbia. A agência disse que as operações podem ficar prejudicadas por falta de dinheiro.

Um comboio do Programa Mundial de Alimentos, PMA, está entregando 1,2 mil toneladas de trigo à cidade de Benghazi para alimentar cerca de 94 mil pessoas por um mês.

Nesta sexta-feira, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, disse que a crise política é uma ameaça à segurança alimentar não só na própria Líbia, mas também nos países vizinhos.

*Com informação da Rádio ONU.


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