
Ao discursar hoje (20/04/2011) na cerimônia de formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o grande desafio do Brasil é superar a extrema pobreza e aliar política social à econômica.
“Isso implica uma definição de estratégias e sabemos também que para ser um país próspero e democrático precisamos assegurar educação de qualidade para todos os jovens e desenvolver a pesquisa científica e tecnológica”, afirmou.
A presidenta afirmou que houve nos últimos anos uma mudança no país no sentido de fazer com que as política sociais e econômicas passassem a caminhar juntas. “Depois de década de estagnação o Brasil iniciou um ritmo de crescimento diferente daquele do passado, com olhar para o social.”
Dilma citou como conquistas ocorridas nos últimos anos a recuperação da infraestrutura do país, a redução da vulnerabilidade externa e o fato de o Brasil ter passado de devedor a credor internacional.
No próximo mês, a presidenta irá lançar um plano de erradicação da pobreza. Há no governo a preocupação de que o programa não tenha um caráter assistencialista. A finalidade é integarr ações de incentivos a arranjos produtivos, cooperativas, pequenos empreendedores, geração de empregos e qualificação profissional.
Dilma reforma do Conselho de Segurança da ONU não é capricho do Brasil
A presidenta Dilma Rousseff rebateu hoje (20) as críticas sobre a insistência do governo brasileiro em defesa da reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Dilma disse que a posição “não é um capricho”, mas reflete a necessidade da nova estrutura da ordem mundial. Segundo ela, é necessário observar que várias das entidades internacionais estão “obsoletas”. Para a presidenta, a “ONU envelheceu”.
“Reformar o Conselho de Segurança não é capricho do Brasil. [É uma iniciativa que] reflete a correlação de forças do século 21. Mais do que isso exige que as grandes decisões sejam tomadas por organismos representativos”, afirmou a presidenta diante de diplomatas brasileiros e estrangeiros, no Itamaraty.
Dilma participou da cerimônia de formatura de 109 diplomatas, no Ministério das Relações Exteriores, ao lado do vice-presidente Michel Temer, do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, do secretário-geral do Itamaraty, Ruy Nogueira, e do diretor do Instituto Rio Branco, Georges Lamazière.
Para a presidenta, é fundamental modificar a estrutura da ONU, assim como de outras entidades internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI). “[É necessário dar] a representação que os países emergentes têm no cenário internacional. Há que reformar [essas entidades]. A ONU também envelheceu”, disse ela.
Pela estrutura do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que é do final da 2ª Guerra Mundial, ocupam vagas permanentes no órgão os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e a Inglaterra. São integrantes provisórios o Brasil, a Turquia, a Bósnia-Herzegovina, o Gabão, a Nigéria, a Áustria, o Japão, o México, o Líbano e a Uganda, por um período de apenas dois anos.
Para as autoridades brasileiras, o ideal é aumentar o número de cadeiras de 15 – cinco permanentes e dez provisórias – para 25, entre as quais o Brasil se coloca como candidato a titular. O assunto foi tema de conversas de Dilma com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e também da China, Hu Jintao. Em todas as reuniões que mantém com autoridades estrangeiras, Patriota menciona o tema.
Dilma diz que Brasil deixou de ser pequeno e impotente diante dos desafios históricos
Três meses depois de assumir a Presidência da República, Dilma Rousseff fez hoje (20) um balanço sobre a política externa do governo. Segundo ela, os brasileiros deixaram de ver o Brasil como um “país pequeno e impotente diante dos desafios históricos”. Para Dilma, a defesa dos direitos humanos está na base de sustentação da política externa brasileira.
“A defesa dos direitos humanos está na nossa política externa, sem seletividade, sem discriminações e coerentemente”, afirmou hoje (20) em discurso na cerimônia de formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco.
O discurso de Dilma ocorre na semana seguinte a sua viagem à China, onde ela se reuniu com o presidente chinês, Hu Jintao, e mencionou a importância de preservar os direitos humanos. O tema é considerado delicado na China, país que é alvo de denúncias de violação de direitos humanos.
A presidenta afirmou ainda que, como país multiétnico, o Brasil busca a “interação” e respeita a “pluralidade de ideologias e políticas”. Dilma fez a afirmação depois de ter defendido, em mais de uma ocasião, a suspensão da pena de morte à viúva Sakineh Ashtiani, de 42 anos, condenada sob a acusação de adultério.
Diante dos novos e antigos diplomatas, Dilma reiterou que os esforços do governo brasileiro estão em ampliar mercados na África, no Oriente Médio e na Ásia – regiões de culturas diferentes da brasileira, mas que serão respeitadas considerando também que no Brasil há diversidade.
Dilma vai discutir conflitos em obras de usinas para evitar problemas em Belo Monte
A presidenta Dilma Rousseff fará uma reunião com integrantes do governo, no próximos dias, para discutir as obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), a fim de evitar que se repitam no local conflitos como os ocorridos no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Jirau, em Rondônia.
De acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, a intenção é que o Poder Público esteja mais presente na construção de Belo Monte, que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Carvalho, que participou pela manhã de cerimônia de comemoração do Dia do Exército, afirmou também que o governo quer mudanças na estrutura dos canteiros de obras, com alojamentos menores que facilitem a segurança e a organização dos operários.
Após conflitos nas usinas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, ambas em Rondônia, Gilberto Carvalho passou a mediar reuniões entre governo, empresários e sindicatos de trabalhadores para construir normas que regulem as relações de trabalho em obras de grande porte como as do PAC.
Os operários de Jirau ficaram cerca de um mês parados depois de um protesto por causa, segundo eles, das péssimas condições de trabalho no canteiro de obras. A manifestação resultou em depredação de alojamentos, veículos e equipamentos. Na Usina Santo Antônio, as obras ficaram paradas por cerca de 15 dias.
No início deste mês, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) solicitou oficialmente ao governo brasileiro a suspensão imediata do processo de licenciamento da Usina de Belo Monte. Segundo a entidade, o objetivo é proteger as comunidades indígenas da Bacia do Rio Xingu.
No Dia do Exército, Dilma destaca vocação pacífica e democrática do Brasil
A presidenta Dilma Rousseff destacou hoje (19) a “vocação pacífica e democrática do Brasil” em mensagem pela passagem do Dia do Exército. Lida pelo cerimonial do evento, a mensagem também ressaltou a importância do Exército brasileiro.
“As tropas da Força Terrestre, em permanente prontidão, são a garantia indispensável da segurança do país. Um país de vocação pacífica e democrática, que valoriza o diálogo, a justiça, o respeito aos direitos humanos e que vem se consolidando como uma sociedade próspera e fraterna, que busca a igualdade de oportunidades para todos. Na verdade, uma das maiores democracias do mundo”, afirma a presidenta.
A presidente também ressaltou as ações sociais desenvolvidas pela corporação. “Os soldados brasileiros desenvolvem – em todo o território nacional e nas regiões mais remotas e isoladas do Brasil – ações de cunho social de valor inestimável: levando serviços de saúde a populações carentes, prestando socorro em situações de calamidade, apoiando os trabalhos da Justiça Eleitoral, participando de projetos de instalação de infraestrutura física ou, em caráter emergencial, garantindo a lei e a ordem”.
Destacou ainda o trabalho da missão brasileira na reconstrução do Haiti. “No comando da Missão para a Estabilização do Haiti, por exemplo, o Exército Brasileiro vem dando mais um exemplo de responsabilidade, humanidade e honradez. Essa é uma extraordinária atividade de apoio e pacificação de uma nacionalidade que sofreu toda sorte de privações”, lembrou a presidenta.
O comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, também em mensagem lida pelo cerimonial, afirmou que o Brasil ocupa hoje posição de destaque entre os principais atores globais e possui voz ativa em foros mundiais e que isso impõe “a necessidade de um aparato de dissuasão e defesa que dê visível musculatura à estatura do Brasil”.
Na cerimônia, dez ministros de Estado receberam a comenda da Ordem do Mérito Militar. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) também foram condecorados.
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