A paralisação dos professores da rede pública de ensino em quase todo o Brasil, realizada na última terça-feira, 16 de agosto, deflagra falhas graves no sistema educacional do país. Essa é a opinião do deputado federal Fábio Souto (DEM/BA), que apoiou o motivo da manifestação e cobrou o cumprimento da lei que garante piso salarial nacional para a categoria. Para ele, o governo precisa dar mais atenção e mais valor à educação.
Segundo o parlamentar, quem estuda ou trabalha no sistema público de ensino enfrenta condições precárias: péssimas estruturas das escolas, transporte e alimentação inadequados, equipamentos e materiais atrasados, entre tantos outros problemas. “Além de todas as dificuldades, os professores ainda têm algo que lhes é de direito simplesmente negado pelo governo. Com que ânimo e motivação esses profissionais trabalham recebendo abaixo do que merecem e precisam para sobreviver, obrigados a exercer as atividades em locais e situações lastimáveis em que se encontram grande parte dos colégios públicos?”, argumentou.
A lei que estabelece o piso salarial para a categoria foi sancionada em 2008, passou por contestações de autoridades estaduais e teve a legalidade admitida pelo Supremo Tribunal Federal apenas este ano. A aplicação do dispositivo, porém, ainda não acontece. Desde o início do ano, alunos de várias partes do país têm sido prejudicados devido às constantes greves e paralisações de professores que requerem salário digno.
“Como as autoridades estão pensando o futuro desse país, se não investem em educação, se não garantem qualidade para crianças e adolescentes estudarem e terem boas perspectivas de vida? Se não cumprem a lei e pagam com dignidade os profissionais da educação?”, avaliou Souto.
Tripé em ruínas
Fábio Souto aproveitou para cobrar soluções em outras áreas essenciais para o bom funcionamento e desenvolvimento da sociedade brasileira: saúde e segurança. Defensor de matérias como a PEC 300, que cria piso salarial para policiais e bombeiros, e da Emenda 29, que garante maiores investimentos na saúde, o parlamentar pediu mais comprometimento do governo com os interesses da população. “Os problemas do Brasil estão escancarados. Três setores importantíssimos estão extremamente carentes de investimentos: a saúde, a segurança e a educação. Os profissionais brasileiros estão desvalorizados, e quem sofre com isso, também, é o cidadão humilde, que depende do serviço público para sobreviver”, concluiu.
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