A Bahia contabilizou, no primeiro semestre de 2012, um saldo de 30.334 postos de trabalho, levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. O resultado representa o maior saldo emprego do nordeste no acumulado do ano. Os demais saldos dos estados da região foram: Ceará (9.979 vagas), Pernambuco (8.750 vagas), Piauí (6.106 vagas), Maranhão (6.062 vagas), Sergipe (2.843 vagas), Paraíba (742 vagas), Rio Grande do Norte (522 vagas) e Alagoas (-37.595 vagas). As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, Emprego e Renda (M.T.E) e foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).
No mês de junho de 2012, o estado registrou um saldo positivo de 241 postos de trabalho com carteira assinada. Tal resultado expressa a diferença entre o total de admissões (63.960 vagas) e desligamentos (63.719 vagas). O saldo registrado em junho situou-se em um patamar inferior ao contabilizado em igual período do ano anterior (11.767 vagas), e abaixo do mês de maio de 2012 (3.071 vagas).
Os setores que apresentaram os melhores resultados foram Agropecuária (871 postos) e a Indústria de Transformação (597 postos). Já os setores que contabilizaram maior retração no saldo de emprego foram o da Construção civil (-952 vagas) e os Serviços (-499 postos).
“Mais uma vez fica claro que nem sempre há uma relação direta entre o crescimento da atividade econômica e a geração de postos de trabalho. No primeiro semestre de 2011 foram criados cerca de 60.500 postos de trabalho, e o PIB baiano teve uma taxa de crescimento de 2,8%, fechando o ano em 2%. Já o primeiro semestre de 2012 teve uma redução nas ofertas de emprego, que caíram pela metade, mas já prevê uma taxa de crescimento do PIB baiano de mais de 3%”, analisa Geraldo Reis, diretor-geral da SEI.
Interior do estado lidera na criação de empregos em comparação com a RMS
Ao se analisarem os saldos de emprego para a distribuição intraestadual no mês de junho de 2012, observa-se que o saldo Região Metropolitana de Salvador foi negativo em 1.810 postos de trabalho, enquanto no interior foram criados 2.051 novos empregos. O secretário do Planejamento do Estado, José Sérgio Gabrielli, ressalta: “Esse dado do mercado de emprego formal indica uma contínua descentralização da atividade econômica no estado. O interior, com destaque para Feira de Santana e Vitória da Conquista, gera mais postos de trabalho do que a RMS”. Ao todo, as vagas abertas no interior correspondem a 77,9% de todas as vagas do estado, o equivalente a 23.631 novos postos. A RMS criou 6.703 empregos com carteiras assinadas, referentes a 22,1% das vagas celetistas.
Em junho de 2012, Juazeiro, Casa Nova e Barra do Choça destacaram-se com os melhores desempenhos na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia. Juazeiro gerou 877 empregos, Casa Nova registrou 613 empregos e Barra do Choça apurou um saldo de 294 novas contratações formais.
Entre os municípios que tiveram os menores saldos de empregos em junho de 2012 ressaltam-se Itamaraju (-1.053 vagas), Camaçari (-852 vagas) e Teixeira de Freitas (-684 vagas).
No que se refere ao período de janeiro a maio de 2012, Salvador registrou o maior saldo, com 8.470 empregos gerados. Feira de Santana e Vitória da Conquista contabilizaram 4.286 e 2.709 empregos formais, segundo e terceiro colocados na abertura de novas oportunidades de trabalho na Bahia.
Observando-se os desempenhos negativos nos cinco primeiros meses de 2012, Itapetinga (-1.936 vagas), Maragogipe (-1.009 vagas) e Porto Seguro (-830 vagas) destacaram-se com os menores saldos de empregos formais.
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