Paulo Celso Pereira, jornalista do O Globo, publicou hoje (03/10/2012), matéria com título ‘Em Salvador, cresce a discórdia no PMDB’, onde aborda a situação do partido em um possível segundo-turno das eleições 2012, onde devem concorrer, segundo pesquisas, ACM Neto (DEM) contra Nelson Pelegrino (PT) na disputa pela cadeira de prefeito da capital baiana.
O clima quente surge em função do apoio de Mário Kertész ao candidato petista, enquanto os dirigentes do partido, Lúcio e Geddel Vieira Lima, optam pelo apoio a ACM Neto. Confira a matéria
Kertész ataca ACM Neto, mas caciques do partido devem apoiá-lo no 2º turno
Terceira força política da Bahia, o PMDB deve chegar rachado para o segundo turno das eleições em Salvador. Enquanto o candidato do partido, Mário Kertész, faz ataques mais fortes contra o candidato do DEM, ACM Neto, os caciques da legenda no estado – os irmão Geddel e Lúcio Vieira Lima – estão cada vez mais tentados a apoiarem o democrata no provável segundo turno. O posicionamento de Kertész, que está em terceiro lugar, de acordo com a última pesquisa Ibope, com 7% das intenções de voto, ficou patente no debate de segunda-feira na TV Record.
O peemedebista partiu para o ataque ao candidato do DEM, usando contra ACM Neto os mesmos argumentos propagandeados pela campanha do petista, Nelson Pelegrino, que na semana passada assumiu a liderança na mesma pesquisa, com 34% de intenções contra 31% de ACM Neto.
Kertész lembrou o discurso de ACM Neto, em 2005, no qual ameaçava dar “uma surra” no então presidente Lula. As imagens do discurso vêm sendo exploradas na Bahia desde a eleição de 2008. Como já vem fazendo no horário eleitoral, ACM Neto atribuiu o discurso à inexperiência da época. Kertész reagiu:
– Eu jamais teria coragem de insultar o mandatário número um do país. Essa sua desculpa me parece esfarrapada. É importante (abordar esse tema) porque essa atitude traz seu caráter, sua arrogância.
Neto reagiu no mesmo tom:
– É uma pena que o Mário Kertész candidato não seja igual ao da rádio (no seu programa), que tantas vezes me elogiou, me colocava como um dos maiores deputados, queria meu apoio para ser candidato a prefeito. Eu podia apoiá-lo, mas agora que sou candidato, não tenho experiência!
Geddel: Governo ou senado
Diante do grau de rivalidade, na campanha do DEM já é considerada certa a parceria de Kertész com Pelegrino. Mas os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima fazem forte oposição ao governador petista Jaques Wagner e consideram estrategicamente ruim a aliança com Pelegrino.
Eles avaliam que se apoiarem o petista ficarão amarrados a Wagner. Só que os planos de Geddel para 2014 são incompatíveis com os do PT: Geddel sonha em ser candidato a governador ou, no mínimo, ao Senado.
Os Vieira Lima consideram mais viável um acordo com ACM Neto. Se ele for eleito, dificilmente teria condições de deixar a prefeitura para concorrer ao governo. E, se perder, estará enfraquecido e terá de fazer mais concessões.
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