Com uma população de aproximadamente 600 mil habitantes, Feira de Santana enfrenta um déficit significativo de leitos obstétricos e de UTI neonatal, situação que se arrasta há duas décadas. Atualmente, o município dispõe de 154 leitos de obstetrícia para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), responsáveis por atender não apenas a população local, mas também de outros 28 municípios pactuados. No que diz respeito à gravidez de risco, existem apenas 12 leitos de UTI neonatal, distribuídos entre o Hospital da Mulher e o Hospital Geral Clériston Andrade.
Cobrança por ampliação da infraestrutura de saúde pública
Diante desse cenário, o deputado estadual Carlos Geilson (PTN) fez um pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia, na segunda-feira (18/02/2013), cobrando a construção de uma nova maternidade pública em Feira de Santana. O parlamentar destacou que o número de leitos obstétricos disponíveis é insuficiente para atender à demanda crescente da população e que a superlotação é uma realidade constante nas unidades de saúde do município.
“O número de leitos é muito pouco em comparação à procura, e é por isso que todos os dias nos programas de rádio de Feira tem um marido aflito, porque sua esposa não consegue uma vaga no Hospital da Mulher, devido à superlotação”, afirmou Geilson durante o discurso. A superlotação tem sido um problema crônico, segundo o parlamentar, refletindo diretamente na qualidade e na rapidez do atendimento às gestantes, muitas vezes obrigadas a esperar por vagas em hospitais com estrutura limitada.
Potencial inclusão de Feira de Santana em novos investimentos públicos
Geilson sugeriu que a cidade de Feira de Santana seja contemplada com uma nova maternidade pública, aproveitando parte dos recursos arrecadados pelo Governo Federal. Segundo o deputado, em 2012, o Governo Federal arrecadou R$ 1 trilhão em impostos, e Feira de Santana, sendo a 34ª cidade mais populosa do Brasil, poderia estar entre as beneficiadas com novos investimentos públicos.
O deputado defendeu que, considerando a relevância econômica e populacional do município, é necessário que o governo federal e estadual voltem os olhos para a situação da saúde pública local, especialmente no que tange ao atendimento materno-infantil.
“Feira de Santana poderia ser incluída na fatia desse bolo tributário e ser contemplada com uma maternidade pública”, enfatizou.
Medidas paliativas e o papel do Hospital da Criança
Durante seu pronunciamento, Geilson ainda comentou sobre as medidas adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde, como a criação da Casa de Parto, uma alternativa oferecida às gestantes de baixo risco. No entanto, o parlamentar observou que a iniciativa, embora útil, não resolve o problema da superlotação e da carência de leitos adequados para atender as necessidades da cidade e da região.
“Feira precisa de uma maternidade pública estadual. E hoje, o Governo do Estado tem um Hospital da Criança subaproveitado, e este espaço, poderia estar sendo transformado em uma maternidade estadual para abrigar as necessidades de Feira e região”, sugeriu Geilson.
O parlamentar destacou que a conversão de parte das instalações do Hospital da Criança em uma maternidade poderia aliviar a demanda por leitos e melhorar a capacidade de atendimento às gestantes da cidade e dos municípios vizinhos.
Impacto para a população e necessidade de ação governamental
Com a insuficiência de leitos e a superlotação constante das unidades de saúde, o parlamentar enfatizou a urgência de uma ação governamental para solucionar a situação de Feira de Santana. A criação de uma maternidade estadual atenderia à demanda crescente e proporcionaria um alívio significativo para o sistema de saúde local, permitindo um atendimento mais ágil e eficiente às gestantes e suas famílias.
Geilson concluiu seu discurso reiterando a importância de investimentos sólidos na área de saúde materno-infantil, especialmente em uma cidade do porte de Feira de Santana, que não só possui uma grande população, como também é responsável por atender outros municípios através do SUS.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




