Deputado estadual Carlos Geilson cobra construção de nova maternidade pública em Feira de Santana; São 154 leitos para atender mais de 28 municípios

Carlos Geilson: “O número de leitos é muito pouco em comparação à procura, e é por isso que todos os dias nos programas de rádio de Feira tem um marido aflito, porque sua esposa não consegue uma vaga no Hospital da Mulher, devido à superlotação”
Carlos Geilson, deputado estadual pelo PTN, reforça a necessidade da construção de uma nova maternidade pública em Feira de Santana, devido à insuficiência de leitos obstétricos e de UTI neonatal para atender a cidade e outros 28 municípios pactuados pelo SUS.

Com uma população de aproximadamente 600 mil habitantes, Feira de Santana enfrenta um déficit significativo de leitos obstétricos e de UTI neonatal, situação que se arrasta há duas décadas. Atualmente, o município dispõe de 154 leitos de obstetrícia para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), responsáveis por atender não apenas a população local, mas também de outros 28 municípios pactuados. No que diz respeito à gravidez de risco, existem apenas 12 leitos de UTI neonatal, distribuídos entre o Hospital da Mulher e o Hospital Geral Clériston Andrade.

Cobrança por ampliação da infraestrutura de saúde pública

Diante desse cenário, o deputado estadual Carlos Geilson (PTN) fez um pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia, na segunda-feira (18/02/2013), cobrando a construção de uma nova maternidade pública em Feira de Santana. O parlamentar destacou que o número de leitos obstétricos disponíveis é insuficiente para atender à demanda crescente da população e que a superlotação é uma realidade constante nas unidades de saúde do município.

“O número de leitos é muito pouco em comparação à procura, e é por isso que todos os dias nos programas de rádio de Feira tem um marido aflito, porque sua esposa não consegue uma vaga no Hospital da Mulher, devido à superlotação”, afirmou Geilson durante o discurso. A superlotação tem sido um problema crônico, segundo o parlamentar, refletindo diretamente na qualidade e na rapidez do atendimento às gestantes, muitas vezes obrigadas a esperar por vagas em hospitais com estrutura limitada.

Potencial inclusão de Feira de Santana em novos investimentos públicos

Geilson sugeriu que a cidade de Feira de Santana seja contemplada com uma nova maternidade pública, aproveitando parte dos recursos arrecadados pelo Governo Federal. Segundo o deputado, em 2012, o Governo Federal arrecadou R$ 1 trilhão em impostos, e Feira de Santana, sendo a 34ª cidade mais populosa do Brasil, poderia estar entre as beneficiadas com novos investimentos públicos.

O deputado defendeu que, considerando a relevância econômica e populacional do município, é necessário que o governo federal e estadual voltem os olhos para a situação da saúde pública local, especialmente no que tange ao atendimento materno-infantil.

“Feira de Santana poderia ser incluída na fatia desse bolo tributário e ser contemplada com uma maternidade pública”, enfatizou.

Medidas paliativas e o papel do Hospital da Criança

Durante seu pronunciamento, Geilson ainda comentou sobre as medidas adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde, como a criação da Casa de Parto, uma alternativa oferecida às gestantes de baixo risco. No entanto, o parlamentar observou que a iniciativa, embora útil, não resolve o problema da superlotação e da carência de leitos adequados para atender as necessidades da cidade e da região.

“Feira precisa de uma maternidade pública estadual. E hoje, o Governo do Estado tem um Hospital da Criança subaproveitado, e este espaço, poderia estar sendo transformado em uma maternidade estadual para abrigar as necessidades de Feira e região”, sugeriu Geilson.

O parlamentar destacou que a conversão de parte das instalações do Hospital da Criança em uma maternidade poderia aliviar a demanda por leitos e melhorar a capacidade de atendimento às gestantes da cidade e dos municípios vizinhos.

Impacto para a população e necessidade de ação governamental

Com a insuficiência de leitos e a superlotação constante das unidades de saúde, o parlamentar enfatizou a urgência de uma ação governamental para solucionar a situação de Feira de Santana. A criação de uma maternidade estadual atenderia à demanda crescente e proporcionaria um alívio significativo para o sistema de saúde local, permitindo um atendimento mais ágil e eficiente às gestantes e suas famílias.

Geilson concluiu seu discurso reiterando a importância de investimentos sólidos na área de saúde materno-infantil, especialmente em uma cidade do porte de Feira de Santana, que não só possui uma grande população, como também é responsável por atender outros municípios através do SUS.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.