
A administração do prefeito de Conceição da Feira, Raimundo da Cruz Bastos (Pompílio – PSC), realiza amanhã (08/03/2013) a 1ª Feira da Mulher Empreendedora. O evento marca as comemorações em homenagem ao ‘Dia Internacional da Mulher’.
A programação objetiva prestar orientações e serviços para o bem estar e saúde da mulher, além do incentivo a ocupação e a produção. Para motivar o público feminino, a administração de Pompílio convidou Aldacir dos Santos (Dadá), para palestra ‘Mulher Empreendedora’.
A escolha pela empresária soteropolitana do setor de alimentos é em função do histórico de vida, e superação pessoal e profissional. Lições com as quais a comunidade pode muito aprender.


Um pouco da história de Dadá
Nascida no Conde, vilarejo a 200 km de Salvador, Dadá trabalhou desde criança como empregada doméstica e babá. Aos 20 anos, perdeu de uma tacada seu único irmão, João, que morreu atropelado em Salvador, e a mãe, que teve hemorragia cerebral ao receber a notícia. “Tive que enterrar os dois e fiquei sozinha no mundo”, conta. Com aluguel atrasado e contas para pagar, as vizinhas se reuniram para ajudá-la. Uma delas, Almerinda, propôs que ela mudasse para sua casa e pagasse a estadia fazendo comida. Dadá começou a vender o que sobrava. Foi quando conheceu o pai de sua primeira filha – de quem não revela o nome – e, no segundo mês de namoro, ficou grávida. “Resolvi ter a menina para preencher o vazio de minha vida”, revela. O namorado não quis saber da filha e abandonou as duas. Para piorar, depois do nascimento de Rafaela, hoje com 14 anos, seus patrões a demitiram.
Seis meses mais tarde, em 1987, juntou dinheiro suficiente para alugar uma casa ao lado do cemitério do Campo Santo e abrir o restaurante “Tempero da Dadá”. Nessa época ela conheceu Paulo, seu marido por quase dez anos. Da união nasceu sua segunda filha, Daniela, 8 anos, e uma parceria vitoriosa nos negócios. Administrando os restaurantes, Paulo tomou a frente de tudo. Controlava o dinheiro e tomava as decisões importantes. Dadá tocava só a cozinha. O casal abriu um segundo restaurante, no Pelourinho, então recém-restaurado, e o novo ponto se tornou parada obrigatória dos turistas.
Em 1998, ela realizou o sonho de ter uma casa espaçosa à beira-mar. “Mas enquanto os negócios estavam crescendo, meu casamento estava acabando. Ele teve muitos casos com outras. Cansei de ser humilhada”, conta Dadá com os olhos rasos de água. Há um ano e meio, ela pediu a separação. “Tomei a decisão no dia em que vi no espelho que estava gorda, feia, que o meu sorriso estava murchando”, lembra. Foi quando ela descobriu que sua empresa estava cheia de dívidas com fornecedores e funcionários. Seus advogados a orientaram a ceder o restaurante da orla para o ex-marido, que ficou também com a posse do nome “Tempero da Dadá”. Ela ficou com o restaurante do Pelourinho e o do bairro da Federação. Em vez de brigar, Dadá preferiu criar o nome “Varal da Dadá” para o restaurante da Federação e “Sorriso da Dadá” para o do Pelourinho. Além de ter ficado sem um restaurante, ela foi forçada a assumir uma dívida de R$ 2 milhões, dos quais ainda deve quase a metade.
Em tempo
Dadá voltou a sorrir. Casou de novo fez cirurgias e toca os negócios ao lado do marido, Marcelo dos Santos (22 anos).
*Com informações da jornalista Candida Silva, da revista IstoÉ Gente.
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