Diante da ameaça iminente de greve há mais de 20 dias por parte do Sindicato dos Rodoviários, o deputado estadual Alan Sanches (PSD) expressa grande preocupação que a tarifa de ônibus em Salvador, que já é a sétima mais cara entre as capitais brasileiras e a segunda de maior valor entre capitais nordestinas, sofra nova elevação.
O deputado explica que a sua angústia se dá em função de apesar de os rodoviários já terem aprovado por unanimidade uma greve com início a 0h do dia 18 de junho de 2013, 48h antes da partida de estreia da Arena Fonte Nova na Copa das Confederações, até o momento não ter sido confirmada nenhuma negociação entre o empresariado e rodoviários.
“Espero apenas que não se esteja esperando a deflagração de uma greve para se forçar um novo aumento de tarifa do transporte. Não é justo que o preço da passagem na capital baiana, que possui a segunda maior tarifa do Nordeste, se eleve ainda mais. Tenho certeza que o prefeito ACM Neto não vai permitir nenhum aumento neste sentido este ano. Contudo, antecipo que se for preciso estarei com meu grupo e meus amigos junto com outros manifestantes nas ruas da cidade contra qualquer possível aumento de tarifa. Afinal,Salvador não aguenta mais elevação de impostos e de tarifas”, destacou.
Alan Sanches faz questão de frisar que: “temos que trabalhar para melhorar a qualidade do transporte urbano, a começar pela instalação de ar condicionado; de cronômetros fixados no fundo dos veículos que informe a velocidade; bem como o aumento da frota em determinados bairros; a abertura de novas linhas e o restabelecimento da frota normal aos finais de semana”.
O deputado lembra ainda que no último dia 31, foi publicada na edição do Diário Oficial da União, a Medida Provisória 617, que zera o pagamento do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) de empresas de transporte coletivo urbano. “E a medida tem exatamente como objetivo evitar reajustes maiores na tarifa de transporte, sendo que as alíquotas do PIS e do Cofins incidentes sobre o transporte coletivo totalizam 3,65% e com a isenção o governo pretende diminuir os custos da classe média e baixa usuárias de ônibus e metrô, o que impediria um aumento maior da inflação”, concluiu, chamando atenção para o fato de o país estar acompanhando manifestações contrários em diversas cidades. “Espero que em Salvador isso não ocorra. A população soteropolitana muito já tem sofrido e não merece mais esse golpe”.
Em tempo, vale ressaltar que os rodoviários querem aumento salarial de 15%, ticket alimentação de R$ 15 nos 30 dias do mês e nas férias, além de assistência médica e odontológica para titulares e dependentes e gratificação de carnaval, entre outras reivindicações. Na semana passada, a categoria rejeitou a proposta de aumento de 4,13% oferecida pelos empresários.
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