
Realizada no dia 14 de julho de 2015 pela Polícia Federal (PF), sob coordenação do Supremo Tribunal Federal (STF), a Operação Politeia é resultado de desdobramentos da Operação Lava Jato, e objetivou alcançar o núcleo político do maior esquema de corrupção da história do Brasil.
A “visita” da PF à residência de deputados e senadores corruptos foi seguida de protestos dos mesmos. Eles vociferavam, no púlpito dos indignados, palavras de reprovação contra a atuação da polícia. Eles mandaram, também, “recados” para o governo Rousseff: “agora é guerra”. Entenda-se, não uma guerra para defender os interesses do povo, mais uma guerra para se defenderem de uma condenação por terem roubado o passado, presente, e o futuro da nação.
Não é a presidente Dilma Rousseff (PT) e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) que se tornaram reféns de bandidos. Todos nós, brasileiros, nos tornamos reféns de uma quadrilha que atuou no submundo do poder com a finalidade de usurpar a República, enriquecendo e ajudando a enriquecer os familiares, a partir de décadas de uso do poder político. Obtendo como resultado, a corrupção das relações interpessoais, e interinstitucionais; violando contratos, princípios morais e valores éticos.
As recentes palavras dos presidentes – da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB); e do Senado, Renan Calheiros (PMDB) – de desaprovação das ações do Supremo Tribunal Federal, através da PF, mascaram o que realmente subjaz, de que o fim chegou para os que corromperam a República.
Sintomaticamente, ao invés de determinarem que as comissões de ética das casas legislativas atuem no sentido de verificar se existem indícios de crimes que conduzam a penalização dos parlamentares envolvidos, os presidentes Eduardo Cunha e Renan Calheiros se escudam, defendem a si mesmos e aos comparsas, atacando o poder executivo. Um ataque mascarado em discursos que têm como alvo a Polícia Federal, quando a mesma agiu sob ordens do STF.
Congresso Nacional de corruptos
A inação dos congressistas em debelar os ladrões da nação dos postos de representatividade pública nivela todos os membros do parlamento brasileiro ao mesmo patamar, o dos corruptos.
O recente editorial, publicado pelo Jornal Grande Bahia sob o título ‘As forças conservadoras e o ensaio de um golpe de estado’, revela como os parlamentares Aécio Neves, Renan Calheiros e Eduardo Cunha conspiravam para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, e instalar um regime parlamentarista.
Candidato a presidente da república, derrotado no pleito de 2014, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, aderiu facilmente a ideia de um sistema de governo parlamentarista. Desejoso de conquistar o poder, não importa os meios, o senador vociferava, contra a presidenta Dilma Rousseff, palavras que impingiam o rótulo de corrupta. Ao mesmo tempo em que conspirava, nos bastidores do Congresso Nacional, contra o interesse do povo, e por fim, contra a própria República. Mas, após a operação determinada pelo STF, ele se calou. O silêncio é a marca da conivência com os comparsas da conspiração, envolvidos em investigações decorrentes de atos de corrupção identificados pelas Operações Lava Jato e Politeia.
Um grito à Nação
Quem vai impedir que políticos corruptos continuem a aviltar o interesse do povo, com a continuidade delitiva dos próprios atos no Congresso Nacional?
Como o povo brasileiro pode se livrar de um Congresso Nacional comandado por políticos corruptos?
Como derrubar um Congresso Nacional conduzido por quem corrompeu a República?
As perguntas encontram uma simples resposta. Se ainda existem homens decentes no Congresso Nacional, eles irão atuar como a voz do povo, e conduzir um processo de limpeza ética, que reconduza o parlamento ao respeito à República. Caso, assim não procedam, vão descobrir que a fúria das massas é impiedosa para os que lhes roubaram o passado, corrompem o presente, e lhe furtam de um promissor futuro.
A mídia golpista
Um aceno aos golpistas midiáticos, atônitos, percebem que os ídolos que detratavam a presidenta da república desmoronam sob a inconveniente verdade de serem, eles próprios, os maiores e principais corruptos.
Adsumus! Aqui estamos para gritar ao lado do povo, vida longa à República!
Leia +
Editorial: as forças conservadoras e o ensaio de um golpe de estado
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