O Jornal Grande Bahia (JGB) dá início a uma série de reportagens reunidas sob o tema ‘Feira de Santana, a cidade desconstruída’. As reportagens objetivam abordar aspectos da polis que contrariam princípios elementares de civilidade. Elas são assinadas pelo cientista social e jornalista Carlos Augusto, e conformam um legado e um tributo à memória da classe trabalhadora, responsável pela vida na polis.
Ao comentar sobre a série de reportagens, Carlos Augusto infere que objetiva “revelar como setores da classe dominante usurpam a cidade, apropriam-se do público, tendo como consequência a negação do espaço público como local de reificação dos valores da cidadania, dos valores da civitas.
Para explicar o conceito de civitas, ele cita trecho do artigo de Moisés Romanazzi Tôrres:
– A vida civil perfeita só se realiza na cidade (civitas), comunidade natural e autossuficiente que serve à finalidade humana do “bem viver”.
Carlos Augusto expressa, também, que as reportagens vão abordar como a inação e o consentimento do poder público municipal – executivo e legislativo – contribui para usurpação do público em detrimento de inconfessáveis interesses privados, e de que maneira parte da classe trabalhadora, notadamente do subproletariado, alienado e superexplorado repete o comportamento ilegal e amoral da classe dominante na usurpação do espaço público, resultando na deterioração dos valores da civitas, do “bem viver”, e na negação do conceito de urbanidade.
Ao comentar sobre o ideal de urbanidade, o cientista social cita trecho do artigo ‘Princípios e conceitos’, de autoria do arquiteto Roberto Ghione:
– A essência do urbanismo consiste em determinar as diretrizes para a construção de cidades pacíficas e civilizadas, estimulantes da convivência entre as pessoas, inteligentes e racionais, estreitamente interligadas com o território, sadias e sustentáveis, integradas com a natureza, respeitosas do passado e abertas ao futuro, conciliadoras entre a identidade afirmada na história e os desafios da contemporaneidade, manifestação suprema da cultura de um grupo humano.
Exemplo
Para ilustrar a primeira reportagem da série ‘Feira de Santana, a cidade desconstruída’ são apresentadas imagens fotográficas e um vídeo produzidos por um leitor do JGB.
Indignado com o fato de ser exposto ao perigo, cotidianamente, em decorrência de obstrução da esquina, da Rua São Domingos com a Rua São Cristóvão, por um totem que anuncia uma empresa comercial, o leitor do JGB produziu fotos e vídeo com a finalidade de evidenciar a apropriação indevida do espaço público e a negligência do poder executivo municipal.
O leitor denunciou, também, a apropriação indevida do espaço público, e a omissão da Prefeitura de Feira de Santana em regular o uso das calçadas da cidade, expressando:
– O comerciante coloca a vida dos cidadãos em risco ao obstruir o campo de visão dos motoristas com o totem de anúncio comercial da empresa. Enquanto os agentes públicos e servidores da Prefeitura de Feira de Santana fazem o que melhor podem fazer, nada! – Protestou.
As imagens apenas exemplificam, na prática, um comportamento de apropriação do espaço público, que se reproduz de diferentes maneiras em várias partes da cidade.

Confira o vídeo
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