Bahia Pesca e UFRB impulsionam produção de sabonetes de algas

Algas são alternativa de renda para pescadores de Itaparica.
Algas são alternativa de renda para pescadores de Itaparica.
Algas são alternativa de renda para pescadores de Itaparica.
Algas são alternativa de renda para pescadores de Itaparica.

A qualidade do sabonete à base de algas produzido em Manguinhos, comunidade localizada na Ilha de Itaparica, tem significativos avanços graças à parceria entre a Bahia Pesca, vinculada à Secretaria de Agricultura do Estado, e a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). A melhora é decorrente das pesquisas realizadas pelos estudantes dos cursos de Engenharia de Pesca e Biologia da instituição, que estão ensinando às marisqueiras qual o melhor tipo de algas para produção do sabonete e a melhor forma de extraí-las do ambiente sem prejudicar o ecossistema.

“Na região existem dois tipos de algas vermelhas que são utilizadas para a produção do gel, matéria-prima dos sabonetes. Os estudos realizados fruto da parceria a Bahia Pesca e a UFRB conseguiram constatar que as algas vermelhas cilíndricas produzem géis mais consistentes, ou seja, de melhor qualidade, enquanto as algas vermelhas achatadas resultam num sabonete menos proveitoso”, explica o biólogo e técnico da Bahia Pesca, Brunno Falcão.

Para realização dos estudos, as pesquisadoras da UFRB, Marília Costa e Stela Bispo, utilizaram a estrutura da Bahia Pesca e realizaram um intercâmbio de informações com os técnicos da empresa. “A Bahia Pesca já trabalha com a produção de sabonetes à base de algas desde 2009, por isso já temos um significativo banco de dados sobre o assunto. Com o intercâmbio de informações com as pesquisadoras, podemos além de ampliar nossos conhecimentos, formar multiplicadores desta ação”, afirma Brunno.

Palestra

Em outubro a Bahia Pesca reuniu as marisqueiras em palestra na própria comunidade, ministrada pelas pesquisadoras, para divulgação dos resultados da pesquisa, instrução de como identificar as algas cilíndricas e auxílio na melhor forma de extração.

“As marisqueiras reclamavam que os sabonetes tinham pouco tempo de durabilidade. Agora elas irão aperfeiçoar a produção, já que ensinamos como identificar as algas boas. Na palestra, as marisqueiras puderam aprender também que as algas devem ser cortadas acima das ramificações que as prendem no sedimento, proporcionando a manutenção da vida no ecossistema e permitindo que a alga volte a crescer novamente”, conclui Marília Costa.


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