Artistas estrangeiros se unem contra o golpe no Brasil

Assinada por artistas e intelectuais como Oliver Stone, carta repudia ataque à democracia e pede respeito ao resultado das urnas.
Assinada por artistas e intelectuais como Oliver Stone, carta repudia ataque à democracia e pede respeito ao resultado das urnas.
Assinada por artistas e intelectuais como Oliver Stone, carta repudia ataque à democracia e pede respeito ao resultado das urnas.
Assinada por artistas e intelectuais como Oliver Stone, carta repudia ataque à democracia e pede respeito ao resultado das urnas.

Um grupo de artistas e intelectuais estrangeiros divulgou uma carta de protesto contra o impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff e pela democracia no Brasil, nesta quarta-feira (24/08/2016).

“Nos solidarizamos com nossos colegas artistas e com todos aqueles que lutam por democracia e justiça em todo o Brasil”, diz a carta, que tem entre seus 22 signatários nomes como o ator Viggo Mortensen, de “O Senhor dos Anéis”, o músico Brian Eno, o cantor Harry Belafonte e o cineasta Oliver Stone.

O texto reforça que a base jurídica para o afastamento de Dilma “é amplamente questionável” e que há “evidências convincentes” de que a principal motivação dos promotores do impeachment foi abafar investigações de corrupção nas quais estão envolvidos.

Os artistas pedem que os senadores brasileiros que irão votar no julgamento do impeachment respeitem o resultado da eleição presidencial de 2014 e alertam para os riscos regionais caso ele seja aprovado.

“Se este ataque contra suas instituições democráticas for bem sucedido, as ondas de choque negativas irão reverberar em toda a região”, afirma.

Os atores Susan Sarandon e Danny Glover, o linguista Noam Chomsky e da escritora Eve Ensler também assinam a carta.

Íntegra da Carta

Repúdio internacional

Este não foi o único grupo de estrangeiros a manifestar preocupação com a situação pelo qual passa o Brasil.

Um grupo de organizações nos EUA divulgou uma declaração no mesmo tom, na qual afirma que a democracia brasileira está “em grave risco”. Entre as 44 organizações signatárias estão movimentos de classe, como a poderosa central sindical AFL-CIO, que tem mais de 12 milhões de membros, e grupos sociais diversos.

“Em maio passado, o Congresso brasileiro orquestrou um golpe legislativo, afastando a presidenta Dilma Rousseff em meio a acusações forjadas de má gestão fiscal. Deputados e senadores usaram um discurso de ódio sexista, invocando crenças religiosas e até mesmo elogiado o torturador da presidenta Rousseff em sua campanha de difamação”, diz a declaração.

Acrescenta que “de acordo com os movimentos sociais brasileiros”, a violência contra manifestantes aumentou depois da posse do governo interino.

Carta endossada em julho por 43 membros da Câmara dos Deputados e comunicado do senador Bernie Sanders, no início do mês reforçam as manifestações nos EUA de repúdio ao impeachment de Dilma.

Para Sanders, o impeachment parece um “golpe de Estado” e pediu que o governo dos EUA se posicione contra o processo.

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