Ambulâncias do Samu que, pela pouca idade que aparentam, poderiam estar servindo à comunidade, apodrecem no estacionamento do órgão, localizado no bairro do Pau Miúdo, sem que a devida manutenção seja providenciada. Muitas delas certamente seriam restauradas com investimento relativamente baixo, face ao potencial de atendimento que apresentam.
Uma das viaturas teve subtraídos o puxador e os vidros traseiros. Desativadas, as ambulâncias parecem ter como única serventia acumular em seu interior variadas peças automotivas em vez de maca e equipamentos médicos, também retirados. Veículos com a chaparia danificada por batidas leves estão encostados, sem o devido reparo e posterior reativação.
“Salvador chegou a ter 53 ambulâncias funcionando e hoje só restam 23 em operação”, lamentou o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed) Francisco Magalhães. O problema não é grave apenas na capital. Segundo Magalhães, há municípios que têm ambulâncias novas, mas paradas. Prefeitos alegam não ter dinheiro para contratar equipes médicas e condutores para trabalhar. Exemplo disso é a cidade de Amélia Rodrigues, à margem da BR-324, perto de Feira de Santana.