

Visando conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos, o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) irá desenvolver uma série de atividades em alusão ao “Setembro Verde” – mês oficial para doação. Atividades educativas em escolas, faculdades e hospitais, assim como, a sensibilização dos profissionais de saúde fazem parte da programação que será desenvolvida através da Organização a Procura de Órgãos (OPO) e a Organização a Procura de Córneas (OPC).
A campanha tem como foco conscientizar as pessoas sobre a importância de ser um doador e ajudar a diminuir a fila de espera por doações. De acordo com Dr. André Guimarães, coordenador da Organização a Procura de Órgão (OPO), o grande problema do transplante na Bahia é a taxa de negativa familiar que continua alta. “Nossa taxa de negativa familiar está acima da média nacional. No Brasil a taxa é de 63%, enquanto que na Bahia gira em torno de 67 % e infelizmente a falta de informação no que diz respeito à Morte Encefálica (ME) ainda é o grande vilão”, pontuou.
Outro dado que chama atenção é que a Bahia é o único estado do Nordeste que ainda possui fila para transplante de córnea, cerca de 900 pessoas aguardam por doação. “Esse número é elevadíssimo, principalmente pelo fato de outros estados do Nordeste já terem zerado a fila. Feira de Santana tem potencial para ajudar na redução desse número, e o HGCA é o nosso maior colaborador no sentido de atuar para a diminuição da fila e trabalhar as questões da doação”, ressalta Thiago Nogueira, enfermeiro referência da OPC.
Existem dois tipos de doadores, o de múltiplos órgãos e o de córnea. Pessoas que tiveram a morte cerebral constatada, após todos os testes, e o coração continua batendo levando sangue para os demais órgãos, podem ser doadoras de múltiplos órgãos. Já a doação de córnea pode ser feira mesmo quando o coração para, o que corrobora para que a grande maioria das pessoas que falecem possam ser doadoras.
“Todas as pessoas podem ser doadoras sem precisar deixar nada escrito, basta deixar esclarecido em vida o desejo de ser doador, já que é a família que autoriza a doação”, informa Ana Andréia Pinho, enfermeira referência da OPO. A enfermeira ainda ressalta que há necessidade de diminuir a fila por espera de rins.