Com prisão do ex-presidente Lula, Brasil entra em ‘época de turbulência’

Vigília democrática em solidariedade à Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Frase de ordem é ‘Lula livre, por eleições limpas e democráticas’.
Vigília democrática em solidariedade à Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Frase de ordem é ‘Lula livre, por eleições limpas e democráticas’.
Ex-presidente Lula discursa em frente à Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, antes de se entregar à Polícia Federal (PF), em 7 de abril de 2018. Dos braços do povo para o cárcere da burguesia despótica, autocrática e autoritária, Lula entra para história como líder democrático e mártir da causa trabalhista.
Ex-presidente Lula discursa em frente à Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, antes de se entregar à Polícia Federal (PF), em 7 de abril de 2018. Dos braços do povo para o cárcere da burguesia despótica, autocrática e autoritária, Lula entra para história como líder democrático e mártir da causa trabalhista.
Vigília democrática em solidariedade à Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Frase de ordem é ‘Lula livre, por eleições limpas e democráticas’.
Vigília democrática em solidariedade à Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Frase de ordem é ‘Lula livre, por eleições limpas e democráticas’.

Com prisão de um dos políticos mais populares do Brasil, o país enfrenta vários perigos. Cresce o nível de indignação, as pessoas acreditam cada vez menos nos políticos no poder e têm pouca certeza sobre o que pode esperar o Brasil no futuro próximo.

Aleksandr Chichin, diretor da Faculdade de Ciências Econômicas e Sociais da Academia de Economia Nacional e Administração Pública russa, comentou sobre a detenção do líder trabalhista, líder democrático, mártir da causa trabalhista e ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT/SP).

Para analista, Lula é uma figura destacada que conta com muito apoio popular e claro que receberia a maioria dos votos se conseguisse participar das eleições presidenciais de 2018. Isso significaria o retorno à época do PT no Brasil que, segundo Chichin, foi um período de “renascença” em que foram realizados programas sociais notáveis e eficazes.

Hoje em dia, continuou, o Brasil tem um governo diferente com um rumo completamente diferente, em que o presidente Temer fez tudo para que os líderes do PT ficassem fora, começando com o impeachment de Dilma Rousseff, realizado em 2016, e agora já foi atingido o verdadeiro líder do partido, Luiz Inácio Lula da Silva.

As acusações contra Lula têm caráter bem duvidoso, opina Chichin. Falando do discurso do ex-presidente, o analista russo o comparou com o de Martin Luther King e o chamou de despedida brilhante por 13 anos.

O que, afinal de contas, significa a prisão de Lula?

Primeiro, isto significa que o partido governante virou mais forte: dezenas de políticos do atual governo, inclusive o próprio presidente Michel Temer (MDB/SP), enfrentaram várias acusações de corrupção. Michel Temer esteve durante dois anos evitando o impeachment com respectiva ulterior investigação e prisão.

“Em relação a Lula o poder judicial funcionou de modo diferente. A acusação não comprovada sobre recebimento de uma quantia de dinheiro relativamente baixa simplesmente esmagou o ex-presidente e possível vencedor da eleição presidencial deste ano”, frisou Chichin.

Para ele, infelizmente, Lula não tem um substituto digno, além disso, Dilma Rousseff não pode liderar o PT.

“Agora o Brasil está mergulhando em um tempo de incerteza. Em vésperas de eleições o país está tremendo”, destacou, lembrando as recentes declarações do general Villas Bôas que apontou o desejo dos militares de participarem da vida política do país.

Em conclusão, Aleksandr Chichin sublinhou que, com a prisão de Lula, a situação no Brasil está ficando pouco clara. Não há nenhuma confiança no governo que está no poder, e há a indignação popular com o fato de um líder que mostrou boas qualidades, um líder do povo, se encontrar na prisão.

“Assim, o Brasil entra em uma época de turbulência”, resumiu o especialista.

Em 7 de abril, o ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, foi preso para cumprir uma pena de 12 anos e 1 mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A ordem foi do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos do Caso Lava Jato em Curitiba, Paraná.

*Com informações da Agência Sputnik.


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