Secretário-geral da ONU diz que a “Síria é a ameaça mais séria à paz e à segurança internacional”, pede moderação e afirma que solução não é militar, mas política

O Conselho de Segurança votou um terceiro projeto de resolução sobre a Síria. O projeto recebeu três votos a favor (Bolívia, China, Federação Russa), oito contra (Côte d'Ivoire, França, Kuwait, Holanda, Polônia, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos) e quatro abstenções (Guiné Equatorial , Etiópia, Cazaquistão e Peru). Visão da votação a favor do projeto de resolução.
Conselho de Segurança da ONU não adota projeto de resolução sobre a Síria.
O Conselho de Segurança votou um terceiro projeto de resolução sobre a Síria. O projeto recebeu três votos a favor (Bolívia, China, Federação Russa), oito contra (Côte d'Ivoire, França, Kuwait, Holanda, Polônia, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos) e quatro abstenções (Guiné Equatorial , Etiópia, Cazaquistão e Peru). Visão da votação a favor do projeto de resolução.
Conselho de Segurança da ONU não adota projeto de resolução sobre a Síria.

O Secretário-geral da ONU, António Guterres, foi o primeiro a discursar em reunião de emergência do Conselho de Segurança sobre a situação no país após ataque aéreo coordenado por Estados Unidos, França e Reino Unido; Estados Unidos e Rússia dizem que não houve feridos ou mortos civis durante ofensiva. A ONU afirma que não tem como verificar de forma independente detalhes da operação; no fim da reunião. O órgão rejeitou esboço de resolução proposto pela Rússia condenando o ataque; texto recebeu apenas três votos a favor: Bolívia, China e Rússia.

A reunião no Conselho ocorreu horas após um ataque aéreo à Síria coordenado por Estados Unidos, França e Reino Unido. A ofensiva foi anunciada na noite de sexta-feira (13/04/2018)  pelo presidente americano Donald Trump. Segundo ele, a ação era uma resposta a um suposto ataque químico ocorrido em 7 de abril na cidade de Duma, perto da capital síria, Damasco.

O chefe das Nações Unidas afirmou que a Síria é hoje a ameaça mais séria à paz e à segurança internacional, António Guterres fez a declaração numa sessão de emergência do Conselho de Segurança, convocada na manhã deste sábado, em Nova Iorque.

António GuterreFrança explicou que está acompanhando de perto a situação. Ele recebeu informações de que o ataque foi contra três alvos militares dentro da Síria incluindo um suposto local de estoque de armas químicas, na cidade de Homs.

Carta

O governo sírio teria respondido com mísseis terra-ar e segundo os Estados Unidos e a Rússia, o ataque teria ocorrido sem feridos ou mortos civis.

O chefe da ONU deixou claro, no entanto, que as Nações Unidas não têm como verificar, de forma independente, os detalhes das operações.

António Guterres voltou a afirmar que o Conselho de Segurança tem obrigações, de acordo com a Carta da ONU, de zelar pela paz e segurança internacionais. Ele pediu aos membros do Conselho que cumpram com suas obrigações demonstrem união.

Para o chefe da ONU, o que ocorre são violações sistemáticas da lei internacional e de direitos humanos e um desrespeito ao espírito da Carta das Nações Unidas.

Atrocidades

Ele lembrou que o povo sírio está sofrendo os efeitos de uma guerra há oito anos e vivendo uma série de crimes e atrocidades, cercos, fome, violência e deslocamentos forçados.

O secretário-geral afirmou que as circunstâncias são perigosas e é preciso evitar qualquer ação que possa levar a uma escalada que só venha a piorar o sofrimento do povo sírio.

Guterres voltou a expressar sua profunda decepção com o fato de o Conselho não ter chegado a um acordo sobre um mecanismo eficiente de prestação de contas sobre o uso de armas químicas na Síria.

Ele afirmou que a gravidade das alegações recentes do uso de armas químicas em Duma requer uma investigação imparcial, independente e profissional do caso.

O chefe da ONU reafirmou seu apoio pleno à Organização para Proibição de Armas Químicas, Opaq, em sua missão de verificação dos fatos. A equipe já está na Síria e deve visitar o local do suposto ataque.

Ao fim da reunião, o Conselho recusou o texto de resolução, proposto pela Rússia, que condenava o ataque. O documento recebeu apenas três votos a favor: Bolívia, China e Rússia.


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