
Morreu hoje (04/05/2020), aos 73 anos, o compositor e escritor brasileiro Aldir Blanc, por complicações causadas pela covid-19, depois de ficar mais de duas semanas na UTI do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), no Rio de Janeiro. A morte foi confirmada pela assessoria de Blanc. Ele havia sido hospitalizado em 10 de abril, com um quadro de pneumonia, pressão alta e infecção urinária. Uma semana depois, foi confirmada a infecção pelo novo coronavírus.
Nos anos 1960, Aldir dividia seu tempo entre a música e a medicina, curso em que se formaria com especialidade em psiquiatria. Foi nesta década que ele participou de diversos festivais da canção, compondo músicas interpretadas por Clara Nunes, Taiguara e Maria Creuza.
No início dos anos 1970, abandonou a medicina para se dedicar exclusivamente às artes. E foi nesta década que ele compôs o seu maior sucesso. Com a parceria de João Bosco e na voz de Elis Regina, o mundo conheceu O bêbado e o equilibrista.
Em 1978, publicou as crônicas Rua dos Artistas e arredores. Em 1981, Porta de tinturaria (1981). As duas obras foram reunidas, posteriormente, em 2006 na edição Rua dos Artistas e transversais, que ainda trouxe 14 crônicas escritas para a revista Bundas e para o Jornal do Brasil.
Vasco e Aldir Blanc são um caso de amor; Compositor sempre deixou clara a torcida por clube carioca
A morte do compositor Aldir Blanc não reverberou apenas no mundo da música, mas também no futebol. O esporte apareceu como tema em diversas canções do artista, que não escondia de ninguém o amor pelo Vasco da Gama. O clube carioca registrou pelas redes sociais: “Recebemos com profunda tristeza a notícia do falecimento de Aldir Blanc, o Brasil e o mundo perdem com sua partida. Desejamos muita força aos familiares e amigos neste momento de profunda dor”.
Ao lado do historiador José Reinaldo Marques, Aldir escreveu o livro “Vasco, a Cruz do Bacalhau”. Em um dos trechos da publicação ele narra um episódio de sua infância que selou sua paixão pelo cruzmaltino: “Naquela tarde chuvosa, o goleiro do Bangu bobeou e Vavá marcou. Na arquibancada molhada, o negro e o português, por antecipação, tinham nas mãos o caneco de 56. Vejam vocês, aquela tarde, aos dez anos, não esquecerei. Voltei para a Rua dos Artistas, caí de cama, doido, com 40 graus, e, encolhido dentro de um pijama, contraí essa doença: ser Vasco da Gama”.
Aldir morreu aos 73 anos, nesta segunda (4), vítima do novo coronavírus (covid-19). O Vasco inaugura em julho um novo Centro de Treinamento. O departamento de comunicação do clube informou apenas que o novo espaço ainda não tem nome definido, mas, para grande parte da torcida, batizá-lo com o nome deste carioca, salgueirense, tijucano e vascaíno de quatro costados seria uma homenagem mais que merecida.
*Com informações da Agência Brasil.
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