FMI prevê recessão global mais profunda devido à pandemia de coronavírus

Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O coronavírus está provocando danos mais amplos e profundos à atividade econômica do que imaginado anteriormente, afirmou nesta quarta-feira (24/06/2020) o Fundo Monetário Internacional, levando a instituição a reduzir mais sua estimativa para a produção global em 2020.

O FMI disse esperar agora que a produção global sofra contração de 4,9% este ano, ante recuo de 3,0% estimado em abril, quando usou dados disponíveis conforme as restrições aos negócios ainda não estavam com força total.

A recuperação em 2021 também será mais fraca, com crescimento global de 5,4% em 2021 ante 5,8% previsto em abril. O Fundo disse, entretanto, que um grande surto de novas infecções em 2021 pode diminuir a expansão no ano que vem para apenas 0,5%.

Embora muitas economias tenham começado a reabrir, o Fundo afirmou que as características únicas das medidas de fechamento e isolamento social afetaram tanto o investimento quanto o consumo.

“Assim, há um choque de demanda agregada generalizada agravando os problemas de oferta no curto prazo devido aos isolamentos”, disse o FMI em uma atualização de seu relatório Perspectiva Econômica Global.

As economias avançadas foram particularmente prejudicadas, com expectativa de que a produção dos Estados Unidos recue 8,0% e a da zona do euro caia 10,2% em 2020, mais de dois pontos percentuais a menos do que na previsão de abril para ambos, informou o FMI.

As economias latino-americanas, onde as infecções ainda estão aumentando, tiveram algumas dos maiores pioras, com expectativa de que a economia brasileira recue 9,1% [nE6N2DB02I]. Espera-se contração de 10,5% no México e de 9,9% na Argentina em 2020.

A China — país em que as empresas começaram a reabrir em abril e as novas infecções foram mínimas — é a única grande economia que deve apresentar resultado positivo em 2020, agora com expectativa de crescimento de 1,0%, ante ganho de 1,2% projetado na previsão de abril.

O FMI disse que serão necessárias mais ações de governos e bancos centrais para apoiar empregos e empresas a fim de limitar mais danos e preparar o terreno para uma recuperação.

*Com informações de David Lawder, da Agência Reuters.

Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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