Ex-assessora do senador Flávio Bolsonaro assume ter participado de esquema do Caso das Rachadinhas no Rio de Janeiro

Senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi denunciado pelo esquema esquema do Caso das Rachadinhas no gabinete quando era deputado estadual no Rio de Janeiro.
Senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi denunciado pelo esquema esquema do Caso das Rachadinhas no gabinete quando era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Luiza Souza Paes, ex-assessora do gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), admitiu fazer parte do esquema de Caso das Rachadinhas. Ao Ministério Público do RJ, ela contou que era obrigada a devolver mais de 90% do salário recebido através da ALERJ. A informação foi revelada pelo jornal O Globo, que teve acesso ao depoimento.

A ex-funcionária do gabinete de Flávio, quando este era deputado estadual, mostrou extratos bancários. Os documentos comprovam que, entre 2011 e 2017, repassou cerca de R$ 160 mil a Fabrício Queiroz por meio de transferências e depósitos bancários.

Queiroz é apontado como operador do esquema no gabinete de Flávio na época. O procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, denunciou ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio o senador e Fabrício Queiroz. Segundo informações do Extra, a denúncia foi oferecida à Justiça do Rio em 19 de outubro, mas a informação veio à tona na madrugada desta quarta-feira, 4.

Luiza é a primeira ex-assessora a admitir que existia o esquema de rachadinha no gabinete de Flávio. Ela foi nomeada para o posto em 12 de agosto de 2011 e ficou menos de um ano no cargo. Depois, ocupou outras funções na Alerj. Durante todo o período, relatou ap MP, teve de devolver a maior parte do que recebia.

No depoimento, ela contou que ficava com R$ 700 por mês. No período, os salários dela variaram entre R$ 4,9 mil e R$ 5,2 mil. Segundo Luiza, ela também era obrigada a devolver os valores referentes a férias, 13º, vale-alimentação e até mesmo os valores recebidos pela Receita Federal na restituição do imposto de renda.

A ex-assessora ainda revelou que outras funcionárias viviam a mesma situação, como Nathália e Evelyn, as duas filhas de Queiroz, além de Sheila Vasconcellos, amiga da família. A investigação verificou que as três devolveram R$ 878,4 mil para Fabrício Queiroz.

A investigação acerca de Luiza começou por causa de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, entregue ao Ministério Público Federal e repassado ao órgão do Rio de Janeiro.

Os relatos dela são de que só soube do esquema no primeiro dia de trabalho na Alerj. Ela foi orientada a abrir uma conta na agência da Assembleia Legislativa e, todos os meses, deveria sacar o dinheiro no caixa. Quando pegava o dinheiro, tinha de fazer um depósito na conta de Queiroz. Foram repassados cerca de R$ 155 mil em depósitos.

Ao jornal O Globo, ela afirmou que não podia se manifestar, já que o processo está em sigilo. A defesa de Flávio Bolsonaro não quis comentar o depoimento e, sobre a denúncia, disse que já era esperada, mas não se sustenta.

A defesa de Fabrício Queiroz seguiu o mesmo caminho e não comentou o depoimento. Sobre a denúncia, disse que teve conhecimento, mas não teve acesso ao conteúdo.

*Com informações do Yahoo Notícias e Jornal O Globo.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.