De apoiador do extremista Jair Bolsonaro, ministro do STF Luiz Fux muda para severo crítico

O ministro de extrema-direita do STF Luiz Fux ao lado do governante que ele apoiou, extremista Jair Bolsonaro, durante Sessão de Abertura do Ano Judiciário de 2021.
O ministro de extrema-direita do STF Luiz Fux ao lado do governante que ele apoiou, extremista Jair Bolsonaro, durante Sessão de Abertura do Ano Judiciário de 2021.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, criticou nesta segunda-feira (01/02/2021) manifestações de obscurantismo de autoridades do país em relação à pandemia do coronavírus. O discurso foi dirigido ao extremista Jair Bolsonaro e apoiadores do desinteligente negacionista e obtuso governante.

— Não tenho dúvidas de que a ciência, que agora conta com a tão almejada vacina, vencerá o vírus; a prudência vencerá a perturbação; e a racionalidade vencerá o obscurantismo. Para tanto, não devemos dar ouvidos às vozes isoladas, algumas inclusive no âmbito do Poder Judiciário, confesso que fiquei estarrecido com a manifestação de um presidente de um tribunal de justiça menosprezando esse flagelo que abusam da liberdade de expressão para propagar ódio, desprezo às vítimas e negacionismo científico. É tempo valorizarmos as vozes ponderadas, confiantes e criativas que laboram diuturnamente, nas esferas públicas e privadas, para juntos vencermos essa batalha — disse Fux.

Luiz Fux citou outras personalidades tão obtusas como o extremista Jair Bolsonaro. Ele comentou o caso do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, desembargador Carlos Eduardo Contar, que chamou de “irresponsável, covarde e picareta” quem defende a prevenção à Covid pelo isolamento social. O discurso de Contar, proferido na semana passada, foi compartilhado em redes sociais pelo presidente Jair Bolsonaro – que, por sua vez, estava ao lado de Fux no discurso desta manhã.

O presidente do STF lembrou que mais de 200 mil vidas foram levadas pela pandemia, deixando familiares. Ele ressaltou que atrás dessas estatísticas há pais, mães, avós, filhos, netos e amigos queridos que se foram. Afirmou, por fim, que diante dessa realidade, o STF “operou escolhas corretas e prudentes para a preservação da Constituição e da democracia, impondo a responsabilidade da tutela da saúde e da sociedade a todos os entes federativos, em prol da proteção do cidadão brasileiro”.,

Apoio histórico

Destaca-se que ao lado do ministro Roberto Barroso, Luiz Fux assegurou os meios para inviabilizar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e abrir caminho para que Jair Bolsonaro, néscio político de extrema-direita, se tornasse presidente da República.

Presenças

Participaram da solenidade os presidentes da República, Jair Bolsonaro, e do Senado, Davi Alcolumbre, que compunham a Mesa de Honra. Os ministros do STF Nunes Marques, Luís Roberto Barroso, a ministra Rosa Weber (vice-presidente) e o ministro Dias Toffoli participaram da solenidade presencialmente, enquanto que os demais ministros e o procurador-geral da República, Augusto Aras, acompanharam a sessão por videoconferência.

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