O fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, Mubadala, negocia com o Grupo Odebrecht, agora denominado Novonor, sobre uma possível aquisição de sua fatia de 50,1% na Braskem. A venda dessa participação, que foi dada no passado como garantia a empréstimos tomados pelo grupo junto aos maiores bancos brasileiros, está prevista no plano de recuperação judicial da Odebrecht. Para o Mubadala, que também está negociando com a Petrobras a compra da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), a aquisição da petroquímica viria em boa hora. A Petrobras é detentora do restante da Braskem e a impressão de quem está próximo da questão é de que não deve se opor ao desinvestimento.
Embora até o momento uma aproximação tenha envolvido apenas o Mubadala, espera-se que a holandesa LyondellBasell retome as negociações pela participação da Novonor na Braskem. Em 2019, a LyondellBasell desistiu, no último minuto, de ficar com a Braskem, por conta dos problemas com o acidente em Maceió.
Procurada, a Novonor afirmou ser possível “que compradores diferentes tenham mais interesse em alguns ativos do que em outros, mas que o objetivo é vender a participação da Novonor na empresa consolidada.”
Venda para um consórcio é vista como opção
Pelo tamanho da Braskem, analistas comentam que a venda de toda a petroquímica para um consórcio, envolvendo tanto empresas internacionais quanto nacionais e fundos de investimentos, seria uma boa solução. Cada um ficaria com a parte que mais interessa. Por exemplo, Mudabala levaria os ativos da empresa no Nordeste, onde está a RLAM; e Ultrapar, que já mostrou interesse na compra de uma refinaria da Petrobras no Rio Grande do Sul, compraria os ativos naquela região.
Analistas ponderam, entretanto, que tanto Mubadala quanto LyondellBasell têm dinheiro e capacidade de gestão para comprar sozinhas a Braskem inteira, que na bolsa vale U$ 7 bilhões, aproximadamente. Quando a Lyondell apresentou sua proposta, a Braskem valia em bolsa cerca de US$ 10 bilhões.
*Com informações de Wagner Gomes e Cynthia Decloedt, do Broadcast do Estadão.
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