Um policial em desgraça apaixonado por alguém que ele só conhece pela internet, viaja para o interior da Bahia para procurar sua amante online depois que ela desaparece misteriosamente. É esse o enredo básico de Deserto Particular, filme que foi escolhido em outubro de 2021 para representar o Brasil em busca de uma vaga para concorrer ao Oscar de 2022 na categoria de “Melhor Filme Internacional”.
Ancorado em um roteiro muito bem escrito, em uma fotografia belíssíma e em ótimas atuações dos atores que protagonizam a obra, Deserto Particular, foi um dos filmes mais elogiados do Brasil no ano passado. Mas, o mais interessante é que boa parte do filme foi rodado no interior da Bahia. E é sobre isso que a Betsonly, onde você encontra tudo sobre as melhores apostas esportivas do Brasil, comenta.
É isso mesmo, grande parte da ação e das partes mais importantes do enredo do filme ocorrem e foram rodadas em Sobradinho e Juazeiro. Inclusive, a Usina Hidrelétrica de Sobradinho e a proximidade entre ela e as cidades de Juazeiro e Petrolina são elementos fundamentais na história. E isso não é à toa, Aly Muritiba, diretor do filme, é um baiano (de Mairi) radicado em Curitiba. A capital paranaense também é retratada na película, mas não tem tanta importância na história quanto as cidades do interior baiano. Um dos principais elogios feitos, pelos críticos cinematográficos, a Deserto Particular foi em relação a sua bela fotografia e isso tem muito a ver com a forma como as lindas paisagens das cidades baianas aparecem e são usadas de forma destacada no filme. A Usina Hidrelétrica de Sobradinho, por exemplo, aparece com especial destaque em um dos momentos mais belos e mais dramáticos do enredo. O Rio São Francisco também é outro elemento destacado do filme.
Esse, obviamente, não é o primeiro filme a ser ter boa parte de suas filmagens rodadas no estado Bahia. Como o maior e um dos mais importantes estados do nordeste, a Bahia já apareceu em diversas outras produções e, inclusive, diversos cineastas importantes do cinema nacional são nativos do estado. Incluindo Glauber Rocha, o grande expoente do Cinema Novo, movimento cinematográfico que mudou a paisagem da sétima arte no Brasil.
A diferença aqui talvez esteja no fato de que Deserto Particular explora não apenas as belezas naturais dessas cidades baianas, mas também a vida real das pessoas comuns que ali vivem, dando especial atenção à cena LGBT dessas cidades do interior do país. Por todos esses motivos, Deserto Particular vale muito a pena ser assistido, principalmente pelas pessoas que vivem nessas cidades. É sempre interessante ver o local onde você vive sendo retratado na tela grande. Ainda mais quando esse retrato apresenta ângulos muitas vezes inéditos ou pouco notados por aqueles que passam por ali todos os dias. Além do mais, é sempre bom prestigiar obras que tentam, de alguma forma, levar à tela grande as pessoas comuns e suas vidas. Principalmente, quando isso é feito de forma tão bela, tão cuidadosa e ao mesmo tempo tão realística, como ocorre na lindíssima obra do cineasta Aly Muritiba.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




