Em nota divulgada nesta sexta-feira (18/02/2022), o Governo Colbert Martins contesta o extremista vereador Fernando Torres (PSD), presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana (CMFS), ao afirmar que o edil tenta transferir a responsabilidade sobre o atraso na elaboração e aprovação da Lei Orçamentária Anual de 2022 (LOA) para o Executivo.
A gestão do prefeito Colbert Martins Filho (MDB) foi além, ao atribuir a Fernando Torres “Abuso de Poder’.
“Desmentindo-se de forma clara, o presidente da Câmara que, abusando do poder e ilegalmente, ignorou o artigo 49 da Lei Orgânica do Município, que proíbe o recesso do Poder Legislativo sem a votação do projeto de Lei Orçamentária”, declarou em nota o Governo Colbert Martins.
A nota pública da Prefeitura de Feira de Santana foi uma resposta ao ‘Comunicado’ e vídeo produzidos e assinados pela CMFS, sob ordens de Fernando Torres.
Confira teor da nota do Governo Colbert Martins
— Em respeito à comunidade e visando restabelecer a verdade, vem o Executivo Municipal manifestar-se sobre expediente denominado “Nota Oficial”, divulgado pela assessoria da Câmara Municipal de Feira de Santana.
— Em obediência ao artigo 117, parágrafo 8º, inciso III, da Lei Orgânica do Município, que estabelece a data limite de 30 de setembro, o Prefeito de Feira de Santana enviou o Projeto de Lei Orçamentária para o exercício de 2022 à Câmara Municipal no dia 28 de setembro de 2021. Portanto, o projeto está à disposição do Poder Legislativo há cerca de 140 dias;
— Em 2 de dezembro de 2021, A Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Câmara Municipal deu parecer favorável à tramitação do projeto, ato que foi homologado pelo presidente do Poder Legislativo, Fernando Torres, em 30 de novembro de 2021;
— Com o parecer favorável à tramitação do projeto, a Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização deu os pareceres às emendas apresentadas pelos vereadores. Diante disto, reconhece-se que, desde dezembro de 2021, o projeto de Lei Orçamentária para 2022 estava pronto para ser votado pela Câmara Municipal;
— Desmentindo-se de forma clara, o Presidente da Câmara que, abusando do poder e ilegalmente, ignorou o artigo 49 da Lei Orgânica do Município, que proíbe o recesso do Poder Legislativo sem a votação do projeto de Lei Orçamentária, e suspendeu o funcionamento da Câmara durante todo o mês de janeiro de 2022, deixando de realizar 12 sessões ordinárias que deveriam se destinadas exclusivamente para votação do projeto de orçamento.
— Está muito claro, portanto, que a responsabilidade de votar o projeto é da Câmara de Vereadores.
— Contrariamente ao que diz uma nota emitida pela Mesa Diretiva da Câmara Municipal, é mentirosa a afirmação de que vários projetos deixaram de avançar por culpa do Poder Executivo. Vamos apresentar como exemplo, entre outros tantos, o projeto sobre a constituição do Conselho de Fiscalização do FUNDEB, que está parado no Poder Legislativo há mais de 6 meses, e vem sendo criminosamente ignorado, mesmo com o Município ameaçado de perder cerca R$ 250 milhões de reais a serem empregados nas diversas ações da educação, como merenda escolar, transporte escolar, construções de escola, etc.
— Mais uma vez, a Câmara Municipal, através da sua mesa diretora, tenta transferir a responsabilidade que é do Poder Legislativo, com o único intuito de tentar atingir a imagem do prefeito, e o que consegue é prejudicar e muito o povo de Feira de Santana.
— Certos de que a composição do Legislativo contempla em sua maioria pessoas de bom senso, conclamamos os Srs. Vereadores a aliarem-se aos interesses da comunidade, independentemente das vertentes políticas que cada um possa seguir, pois o nosso compromisso maior é, e tem que ser, com os interesses do povo de Feira de Santana.
Confira comunicado do vereador Fernando Torres, presidente da CMFS
— A Câmara Municipal de Feira de Santana vem informar à população que precisa e quer votar a Lei Orçamentária do Município para 2022.
— Por duas vezes, enviou o projeto para que o Executivo promovesse as alterações necessárias, adequando-o à Lei de Diretrizes Orçamentárias.
— Contudo, de maneira antijurídica, o Governo assim não o fez, mesmo sendo obrigação constitucionalmente prevista.
— O Prefeito tenta se eximir da sua responsabilidade e induzir a população contra a Casa Legislativa, com notícias inverídicas e aventuras judiciais infrutíferas, que foram duramente rechaçadas pelos presidentes do Tribunal de Justiça da Bahia e do Superior Tribunal de Justiça em Brasília.
— Sempre será interesse da Câmara cumprir com as suas atribuições institucionais, votando o orçamento o mais rápido possível.
— Vários projetos de interesse da comunidade estão impossibilitados de avançar em decorrência da postura do Executivo.
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