Comércio global deve desacelerar devido ao conflito na Ucrânia, destaca OMC

Nova projeção aponta baixa de 1,7% nas transações, fatores principais para avaliação incluem situação no interior do país e efeito de sanções à Rússia; Covid-19 é outro fator para abrandamento; OMS mobiliza as partes a permitirem passagem segura com a previsão de intensificação de confrontos no leste do país.
Nova projeção aponta baixa de 1,7% nas transações, fatores principais para avaliação incluem situação no interior do país e efeito de sanções à Rússia; Covid-19 é outro fator para abrandamento; OMS mobiliza as partes a permitirem passagem segura com a previsão de intensificação de confrontos no leste do país.

A Organização Mundial do Comércio, OMC, reviu para baixo o crescimento do comércio global de mercadorias de 4,7% para 3% este ano. O principal fator é o impacto do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

As novas projeções levam em consideração fatores como o impacto da guerra, as sanções à Rússia e a baixa demanda observada em todo o mundo devido à menor confiança dos negócios e do consumidor.

Ameaças

Em nota emitida nesta terça-feira, em Genebra, a OMC  associa as incertezas previstas para os próximos dois anos às ameaças  ao ritmo das exportações russas e ucranianas de artigos como alimentos, petróleo e fertilizantes.

O documento também cita o impacto persistente da pandemia da Covid-19,  principalmente dos bloqueios decretados para conter a infecções  na China.

Para a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, o atual cenário é de um “golpe duplo” infligido pelo conflito e pelo coronavírus. Ela disse que a guerra causou “tremendo sofrimento humano” na região e seu efeito se espalhou pelo mundo, principalmente para os países mais pobres.

As Nações Unidas anunciaram um retorno gradual à capital ucraniana, Kyiv, que começará com a presença de pessoal de mais alto escalão.

Mortes

O Escritório de Direitos Humanos confirmou 4.335 baixas civis ocorridas desde 24 de fevereiro, incluindo 1.842 mortos. Esse número pode ser muito maior, contando que o total não inclui áreas onde se registam combates intensos.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou que se a situação agravar no leste, como indicam as últimas previsões, é imperioso permitir uma passagem segura. Juntamente com as previsões de um aumento do número de baixas, a falta de acesso para suprimentos de saúde poderá elevar o número de mortos.

A OMS lembra à comunidade internacional sobre o Apelo de Emergência de Saúde para ajudar a prestar cuidados em todo o país e apoiar países vizinhos acolhendo refugiados.

Mais de 108 ataques tiveram como alvo instituições de saúde desde o início da guerra. Nesses atos, morreram pelo menos 73 pessoas e outras  51 ficaram feridas.

Saúde

Na operação com o Ministério da Saúde, a agência atua com equipes médicas de emergência em hospitais de campanha.

Cerca de 300 unidades estão em áreas de conflito e mil unidades de saúde em zonas de “controle foi alterado”, o que deixa o sistema de saúde vulnerável a danos na infraestrutura e graves interrupções em serviços críticos.

O acesso a medicamentos, instalações de saúde e profissionais de saúde em algumas áreas é limitado ou inexistente, alerta a agência das Nações Unidas.

*Com informações da ONU News.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.