De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, 300 mil crianças morrem por ano de doenças ligadas ao saneamento inadequado e à água que não é apropriada ao consumo.
Para reverter o quadro, ministros de 57 países reuniram-se em Jacarta, na Indonésia, nos dias 18 e 19 de maio, para discutir maneiras de priorizar, com urgência, o acesso à água e ao saneamento.
Ganhos econômicos
O encontro foi organizado pela iniciativa Saneamento e Água para Todos do Unicef e focou também na pandemia de Covid-19, na crise climática e nos desafios da economia global, que têm ameaçado décadas de progresso ao desenvolvimento sustentável.
De acordo com os organizadores do evento, se todas as pessoas tiverem acesso à água e ao sabão, será possível gerar US$ 45 bilhões por ano para a economia, reduzindo a propagação de infecções como a Covid-19 em 20%.
A iniciativa Saneamento e Água para todos revela ainda que 74% dos desastres naturais ocorridos entre 2001 e 2018 estavam relacionados à água, sendo que 40% da população global está “altamente vulnerável ao impacto da mudança climática”.
Crianças saudáveis e prósperas
Os ganhos para a economia também serão expressivos se todos tiverem banheiros e sistemas de despejo de esgoto adequados: serão gerados US$ 86 bilhões por ano com a redução dos custos com cuidados de saúde e aumento da produtividade.
A diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell, declarou que “água e saneamento são a base do desenvolvimento sustentável e a chave para ajudar as crianças a sobreviver e a prosperar”.
Para Russell, “está claro ser preciso fazer muito mais” quando 300 mil vidas de crianças são perdidas todos os anos devido à falta de acesso à higiene e água potável.
Em Jacarta, os ministros debateram evidências e ações necessárias que sirvam para priorizar investimento nos setores da água e do saneamento, tendo como foco os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
*Com informações da ONU News.
