Deputado Adolfo Menezes critica corte de verbas da educação e diz que “bancos escorcham a sociedade”

Adolfo Menezes: A concentração financeira exercida pelos bancos no Brasil, com os seus juros escorchantes, tem que ser enfrentada.
Adolfo Menezes: A concentração financeira exercida pelos bancos no Brasil, com os seus juros escorchantes, tem que ser enfrentada.

“Num instante em que o presidente da República retira recursos do bem maior de qualquer nação, que é a educação, da pesquisa, das universidades, homens como João Fernandes da Cunha fazem muita falta; e instituições como a Fundação JFC merecem todo nosso apoio. Se ainda estivesse entre nós, certamente estaria muito triste com o que acontece com o país, ele que lutou tanto pela educação”.

A declaração do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Adolfo Menezes (PSD), foi dada durante solenidade que celebrou os 30 anos da Fundação João Fernandes da Cunha e o encerramento das festividades do centenário de nascimento do seu instituidor, na noite de ontem (14/06/2022), na sede da fundação, na Praça do Campo Grande.

Presidente do Legislativo estadual foi uma das três personalidades agraciadas com a Medalha do Mérito Professor João Fernandes da Cunha, juntamente com o comandante-geral da PM, coronel Paulo José Coutinho e do administrador da Igreja de Nossa Senhora do Pilar e Santa Luzia, padre Renato Minho Figueiredo Filho, concedida àqueles que contribuem para o desenvolvimento da cultura no Estado. A distinção foi entregue pelo presidente da fundação, Silvoney Sales.

Na mesma cerimônia, Adolfo Menezes conduziu a sessão especial itinerante da Alba, que outorgou a Comenda 2 de Julho – mais elevada honraria do Legislativo baiano -, ao Professor João Fernandes da Cunha (em memória).

O proponente foi o deputado Luciano Simões Filho (UB), que fez a entrega do título à filha do homenageado e vice-presidente da fundação, Zenaide Sento-Sé Fernandes da Cunha Almeida. Parlamentar exaltou o trabalho da instituição e a vida profissional “desse gigante homem”.

Concentração

Adolfo Menezes, em discurso às autoridades civis, militares e religiosas, no lotado auditório Waldméa Sento-Sé Fernandes da Cunha, elogiou a formação do fundador da instituição, ocorrida em 1992, em Economia, Jornalismo e Ciências Contábeis. Assim como sua participação na reforma universitária da Universidade Federal da Bahia, nas décadas de 1970 e 1980.

“João Fernandes da Cunha continua vivo. Deixou uma obra viva, plantou a eternidade de sua memória em ações pela educação e o bem social. Não pensou na própria riqueza, mas na prosperidade de sua aldeia”, disse, ressaltando sua origem na Fazenda Tapera, no Vale do Rio Salitre, em Juazeiro.

Ao citar a enorme contribuição de João Fernandes da Cunha na criação de instituições financeiras públicas na Bahia, visando ao desenvolvimento econômico do Estado e a promoção de políticas públicas, como o Banco do Nordeste e o Banco de Fomento do Estado da Bahia (depois Baneb), Adolfo Menezes atacou duramente a escorcha dos bancos privados à população.

“A concentração financeira exercida pelos bancos no Brasil, com os seus juros escorchantes, tem que ser enfrentada, sob pena de nunca sairmos do atoleiro econômico-social em que nos encontramos”, exortou, o chefe da Alba.

Solenidade contou ainda com o lançamento do livro biográfico Lições de Mestre, que conta a vida do homenageado, escrito pela jornalista Cátia Borges, e que leva o Selo do Programa Alba Cultural.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.