Eleições 2022: Lula concede entrevista ao Jornal Nacional

No Jornal Nacional, ex-presidente Lula afirmou ter 100% de confiança que seu vice irá ajudar a consertar o país.
No Jornal Nacional, ex-presidente Lula afirmou ter 100% de confiança que seu vice irá ajudar a consertar o país.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, em entrevista ao Jornal Nacional, que a democracia depende de instituições brasileiras para que funcione em plenitude. “O Brasil precisa ter instituições fortes para que tenha democracia”, disse, contando que, se ganhar as eleições vai conversar com as instituições como o Ministério Público como será atuação.

O ex-presidente afirmou que as instituições precisam ser sérias, independentes e atuar pelo bem do povo. “Não quero amigo no MP, na Polícia Federal, no Itamaraty em nenhuma instituição”

Ainda durante o Jornal Nacional, além de defender o fortalecimento das instituições, o ex-presidente Lula disse que em seu governo a corrupção será combatida. “Vamos continuar criando mecanismos para investigar qualquer delito na máquina pública”, afirmou. “A corrupção só aparece quando se governa de forma republicana”.

Lula lembrou que seus governos fortaleceram as instituições e criaram mecanismos contra a corrupção e condições para que ela fosse investigada. Ele citou Lei da Transparência, Lei de Acesso à Informação, além de fortalecer instituições como o Ministério Público e a Polícia Federal.

Lula lamentou os erros cometidos pela Lava Jato, que colocaram em xeque instituições fundamentais como o MP e o PF. O ex-presidente diz que os erros por enveredar por caminho político delicado

“Durante cinco anos fui massacrado e estou tendo hoje primeira oportunidade de falar abertamente ao vivo com o povo brasileiro. A corrupção só aparece quando você permite que seja investigada”, afirmou.

Hoje, o ex-presidente acumula 26 vitórias judiciais, em absolutamente todos os processos que eram movidos contra ele. A inocência de Lula está mais do que atestada e, apesar da perseguição política e midiática da qual Lula foi vítima e do lawfare (uso do sistema como arma política e jurídica) praticado pela Lava Jato, a Justiça prevaleceu.

Lula: “Temos que pacificar esse país”

Luiz Inácio Lula da Silva defendeu também a convivência pacífica entre pequenos, médios e grandes produtores rurais e destacou a importância do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) para a produção de alimentos no país. “É preciso pacificar o país”, disse.

“Para mim, pequeno produtor rural, médio produtor rural tem que viver pacificamente com o grande agronegócio. O Brasil tem possibilidade de ter os dois. Um produz mais internamente, outro produz mais externamente. (…) “É extremamente importante a convivência pacífica dessa gente”, afirmou.

Lula lembrou das ações de seus governos para o agronegócio, permitindo por exemplo renegociação de dívidas de R$ 85 bilhões, para evitar que alguns produtores quebrassem, e disse que há setores do agro incomodados com o fato de os governos petistas atuarem em defesa do meio ambiente e contra o desmatamento.

O ex-presidente ressaltou ainda a importância de o Brasil explorar correta e cientificamente a biodiversidade da Amazônia para gerar empregos para quem vive na região. Ele disse que há empresários sérios no agronegócio que não querem desmatar, mas sim preservar rios, águas e a fauna brasileira.

Questionado sobre a relação com o MST, Lula disse que o movimento está cuidando de produzir. “O MST está fazendo uma coisa extraordinária nesse país. Tem várias cooperativas e é o maior produtor de arroz orgânico do Brasil. Nós temos que pacificar esse país.”

“Vou voltar para fazer mais e melhor”

Lula afirmou, na bancada do Jornal Nacional, que quer voltar a governar o país para fazer mais e melhor do que nos seus dois primeiros governos. “Quero voltar a governar esse país porque eu acho que é preciso recuperar a economia, fazer mais e melhor para o país voltar a crescer.”

O ex-presidente lembra que sua aliança com o ex-governador Geraldo Alckmin prova que política não tem que ter ódio. “Política é extraordinária para a convivência dos contrários.”

Lula ainda afirmou que ele e Alckmin formam uma dupla com a experiência necessária para administrar o país neste momento da história e cuidar do povo.

“Alckmin já foi aceito pelo PT de corpo e alma. Vai me ajudar a consertar esse país, que é a única razão que eu quero voltar a ser presidente”. O ex-presidente afirmou que a aliança com Alckmin demonstra para a sociedade brasileira que política não tem nada a ver com ódio.

“O Alckmin é uma pessoa que vai me ajudar, 100% de confiança, com a experiência dele como governador de São Paulo e depois mais seis anos como vice-governador do Mário covas, vai me ajudar a consertar esse pais. Essa é a única razão pela qual eu quero voltar a ser presidente”, afirmou Lula.

Lula cita Paulo Freire ao falar da sua relação com Alckmin

O ex-presidente também citou Paulo Freire na bancada do Jornal Nacional para definir a importância da sua aliança com Geraldo Alckmin para a democracia. Lula afirmou que tem “100% de confiança” de que seu vice na chapa da Coligação Brasil da Esperança vai ajudá-lo a consertar o país.

“Eu aprendi na minha vida a conversar. Se tem uma coisa que aprendi na vida foi negociar, foi conversar com os contrários. Tem uma frase do Paulo Freire que é fantástica, que eu utilizei para mostrar aos militantes do PT a entrada de Alckmin. De vez em quando, a gente precisa estar junto dos divergentes para vencer os antagônicos. E agora nós precisamos vencer o antagonismo do fascismo”, disse Lula.

Questionado sobre a parceria com seu vice, considerada improvável anos atrás (os dois foram adversários na corrida presidencial de 2006), Lula respondeu que ele é um “sujeito esperto e habilidoso” e que sua experiência será fundamental para governar o país nesse momento da história.


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