Exportações da Bahia voltam a bater recorde histórico mensal em agosto de 2022

Vista aérea do Porto de Cargas de Salvador.
Vista aérea do Porto de Cargas de Salvador.

As exportações baianas registraram em agosto US$ 1,18 bilhão, receita 30% maior do que o observado no mesmo mês de 2021. Houve um pequeno arrefecimento das vendas externas de 2,4% em relação ao mês anterior, já esperado, devido a grande volatilidade dos preços dos produtos exportados e um aumento menor do quantum, devido à desaceleração da economia mundial. Ainda assim, as exportações estaduais atingiram o maior valor para o mês da série histórica iniciada em 1997. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).

A dinâmica das exportações continua sendo ditada pelos preços, que tiveram em agosto uma alta média de 19,5%, superior ao crescimento do volume embarcado que foi 8,8% comparado a igual mês do ano anterior.

De janeiro a agosto, exportações, importações e corrente de comércio alcançaram US$ 9,27 bilhões (+47,7%); US$ 7,66 bilhões (+58,1%); e US$ 16,9 bilhões (+52,2%), respectivamente. No período, todas estas variáveis atingiram para o período, recorde da série histórica iniciado em 1997.

Os dados de agosto confirmam uma tendência de desaceleração das exportações observada desde maio e pelo aumento do volume de importações em ritmo mais acelerado que o das exportações. Com preços ainda em alta, as importações alcançaram em agosto US$ 1,08 bilhão e crescimento no comparativo interanual de 73,7%, mesmo com um volume desembarcado com incremento bem menor de: 13,7%.

Os dados no ano, até agosto, também apontam queda nos termos de troca, que estão mais favoráveis às importações, cujos preços subiram em média 52,8% no período contra um aumento de 21,7% nas exportações.

Os preços de importação, que passaram a crescer de forma mais acelerada nos últimos meses de 2021 e mantiveram ritmo forte em 2022, pressionou as compras

externas para cima, que subiram mais que as exportações, em parte porque a base mais alta de preços de das commodities de 2021 limitou o crescimento maior dos preços médios neste ano, principalmente pela desaceleração da China.

Os dados mostram que em agosto, os gargalos logísticos de insumos importantes como semicondutores, fertilizantes e combustíveis – esse último subiu 108% e representou 79,3% das compras do estado no mês, estão em processo de ajuste e já não sofrem mais desabastecimento.

Já as exportações houve destaque mais uma vez, para as vendas de derivados de petróleo que cresceram 242,4% ante o mesmo mês de 2021, de algodão e seus derivados com incremento de 93,4% e de produtos petroquímicos que registraram aumento de 39,3%, dentre os segmentos mais importantes.

No recorte por atividade econômica, houve avanço em agosto nas exportações da indústria de transformação (+67,4%) e da agropecuária (+9,8%). A indústria extrativa, por sua vez, recuou 14,2% no valor exportado, por conta de uma queda intensa nas exportações de minério de ferro – um recuo de 76,5% no valor vendido, porque os preços caíram mais da metade em comparação com o pico atingido em agosto de 2021 (- 56,5%)


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