Subtenente da PM de Feira de Santana denuncia demora em inquérito policial que envolve medida protetiva contra ex-marido

Imagens mostram dano ao veículo, em possível tentativa de atentando contra a subtenente da Polícia Militar de Feira de Santana.
Imagens mostram dano ao veículo, em possível tentativa de atentando contra a subtenente da Polícia Militar de Feira de Santana.

Nesta terça-feira (06/09/2022), uma subtenente da Polícia Militar (PM) de Feira de Santana, que preferiu não se identificar, denunciou a demora de um inquérito policial que envolve medida protetiva contra o seu ex-marido. Segundo ela, o caso se refere a um atentado de feminicídio, que aconteceu em setembro de 2020. Na ocasião, a policial descobriu por vídeos que o ex-marido, motorista de ônibus, é bissexual. Com a revelação, ele armou uma emboscada no veículo em que ambos utilizavam para tentar matá-la. O caso está na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), mas não deram seguimento.

A subtenente contou que o ex-marido cortou a mangueira do carro do veículo e a deixou amarrada, com a possibilidade de ocasionar uma explosão. “Cortou os dois freios ABS, a sonda lambda e retirou a tampa, cortou a estação elétrica e amarrou no tubo de gás. Nunca vamos imaginar que alguém que dorme com a gente está tentando sabotar o carro para matar”, relata. No dia seguinte, ao perceber o caso, ela decidiu prestar uma queixa à delegacia, instaurando uma medida protetiva – que foi aceita pela Justiça. No entanto, houve um descumprimento da medida em outubro de 2020.

“Fiquei com medo do que poderia acontecer comigo, afinal, não tenho nada contra a escolha dele, mas tentar me matar é extremo e prezo pela minha dignidade. Descobri porque era constantes os vídeos assistidos por ele de sexo explícito de homem com travestis”, salienta a subtenente. A policial informa que a primeira oitiva do caso ocorreu apenas em agosto deste ano e pede celeridade no caso. A PM relata que desde o ocorrido, o inquérito policial nunca saiu da Deam, após mais de dois anos.

Ela relata que o documento ainda não foi encaminhado ao Fórum pela delegada, apesar do laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) já estar pronto desde dezembro de 2020. Nesse prazo, ela já teve o apoio de cinco advogados. “Estou aguardado esse desfecho porque é da minha vida que se trata. Então, preciso publicizar isso. Sinto medo de morrer e estou tentando resolver a situação na justiça”, completa.


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