À PF, governador afastado Ibaneis Rocha diz que acampamentos não foram desmontados por ‘ordem do comando do Exército’ e que segurança pública foi sabotada porfalhas de Anderson Torres

Segundo o governador afastado Ibaneis Rocha, os acampamentos tinham até o dia 29 de dezembro para acabar, porém, o prazo foi "sustado por ordem do comando do Exército". Além disso, afirmou que a segurança em Brasília no domingo (08/01/2023) sofreu sabotagem.
Segundo o governador afastado Ibaneis Rocha, os acampamentos tinham até o dia 29 de dezembro para acabar, porém, o prazo foi "sustado por ordem do comando do Exército". Além disso, afirmou que a segurança em Brasília no domingo (08/01/2023) sofreu sabotagem.

Ao prestar depoimento à Polícia Federal sobre as invasões ocorridas no Distrito Federal no domingo (08/01), o governador de Brasília, Ibaneis Rocha (MDB), negou que tenha qualquer envolvimento nos atentados e disse que o plano de segurança elaborado para a manifestação sofreu “atos de sabotagem” das forças de segurança locais, segundo o jornal O Globo.

A defesa do governador, feita pelo advogado Alberto Zacharias Toron, afirmou em nota que “foi uma verdadeira surpresa a inexistência de efetivos em número suficiente para conter os vândalos e, pior, que alguns PMs se confraternizaram com os manifestantes”.

Ao mesmo tempo, Toron entregou à PF e-mails e mensagens com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e com o ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, que o eximiriam de culpa, relata a mídia.

Ainda de acordo com o documento encaminhado pela defesa de Ibaneis ao Supremo Tribunal Federal (STF), além da menção a planos de sabotagem, ele acusa policiais de terem agido com “conivência” e “colaboração” com os manifestantes golpistas e de terem cometido “deserção”.

Sobre os acampamentos no DF, que duraram semanas desde o ano passado, o governador disse que o Exército impediu a retirada do acampamento de bolsonaristas localizado em frente ao quartel-general da capital.

Segundo ele, o governo “manteve contato com os comandantes militares para organizar a retirada pacífica dos acampados”. Ibaneis diz ainda que foi definida a data de 29 de dezembro de 2022 para o início da remoção dos bolsonaristas, porém, o prazo foi “sustado por ordem do comando do Exército”, relata o G1.

Além disso, a autoridade afirmou que algumas barracas chegaram a ser removidas, no entanto, policiais militares e agentes do DF Legal não conseguiram terminar o trabalho por “oposição das autoridades militares”.

O depoimento do governador será encaminhado ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, para análise. Após os atentados de domingo, Moraes afastou Ibaneis do cargo por 90 dias apontando “o descaso e a conivência” do governo do DF com a organização dos atos violentos.

Também nesta sexta-feira (13), o STF abriu um inquérito contra Ibaneis e Anderson Torres, conforme noticiado.

Defesa de Ibaneis

Os advogados de Ibaneis Rocha confirmoaram a ida espontânea à Superintendência da Polícia Federal em Brasília para prestar esclarecimentos.

“Além de ter respondido a todas as indagações que lhe foram formuladas pela autoridade, [Ibaneis] teve a oportunidade de rechaçar definitivamente qualquer ideia de que tivesse alguma conivência com o vandalismo antidemocrático verificado no domingo.  Sabia da experiência e treinamento da PMDF e foi uma verdadeira surpresa a inexistência de efetivos em número suficiente para conter os vândalos e, pior, que alguns PMs se confraternizaram com os manifestantes.”, disse a defesa em nota.

Segundo a nota, o governador afastado espera que todo o ocorrido seja apurado e as responsabilidades fiquem demonstradas.

*Com informações da Sputnik Brasil.


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