Fábrica da Ford na Bahia pode voltar a operar com montadora da China produzindo carros elétricos

Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, informa que o Governo Lula está em negociações para trazer reativar as instalações da Ford na Bahia, com a operação a partir de um fabricante de veículos da China. O anúncio foi feito durante uma reunião na quinta-feira (24/02/023), em Salvador, com representantes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e do Governo do Estado.

Marinho ressaltou que a Ford deixou um legado na Bahia, e que o estado tem todas as condições de receber novamente a empresa. Ele afirmou que a negociação é complexa, mas que há avanços significativos e que é preciso trazer a Ford de volta para impulsionar o desenvolvimento do estado.

Em janeiro de 2021, a empresa encerrou as atividades em Camaçari, deixando impacto negativo na economia local, estadual e nacional. Cerca de 12 mil trabalhadores perderam emprego e, desde então, diversas empresas vêm manifestando interesse em assumir as instalações deixadas pela montadora estadunidense.

Segundo Luiz Marinho, a negociação envolve aspectos como logística, infraestrutura e incentivos fiscais. Ele informou, também, que o objetivo é não apenas reativar o parque fabril, mas, também, diversificar a economia da Bahia, gerando emprego e renda para a população.

O governo estadual havia anunciado, no final de janeiro de 2023, que estava em negociações com a Stellantis para assumir parte da fábrica da Ford em Camaçari. Além disso, a chinesa Changan também demonstrou interesse em se instalar no local.

A expectativa é que a montadora que vier a se instalar em Camaçari produza veículos elétricos, com motores a combustão de hidrogênio e com sistemas híbridos.

Dados estatísticos

Entre janeiro e outubro de 2021, a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias despencou 94,6% na Bahia. Já de janeiro a novembro do mesmo ano, o mesmo setor fechou 4,8 mil empregos formais na Bahia, dos quais 4,6 mil foram em Camaçari. Os dados são, respectivamente, do IBGE e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do governo federal.

*Com informações da Revista Veja e Poder360.