Depoimento de coronel aponta para omissões, avaliam parlamentares da CPMI

Coronel Jorge Eduardo Naime fala ao lado do presidente da CPMI, deputado Arthur Maia, e dos senadores Magno Malta e Eliziane Gama.
Coronel Jorge Eduardo Naime fala ao lado do presidente da CPMI, deputado Arthur Maia, e dos senadores Magno Malta e Eliziane Gama.

O depoimento do coronel Jorge Eduardo Naime à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023 revelou possíveis omissões por parte das autoridades. Naime afirmou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) havia emitido um alerta sobre ameaças de invasão das sedes dos três Poderes na manhã do dia 8. A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama, considerou essa informação importante para a investigação.

Segundo Naime, o alerta foi compartilhado em um grupo de WhatsApp que incluía representantes de órgãos de inteligência, mas ele ressaltou que essa informação não chegou aos braços operacionais da segurança pública. Naime destacou que é estranho que as autoridades responsáveis pela segurança não tenham tomado providências após receberem a informação.

A relatora da comissão enfatizou que a confirmação do depoente sobre a obstrução das Forças Armadas em relação à desmobilização dos acampamentos bolsonaristas em frente ao Quartel-General do Exército também é relevante. A CPMI aprovou a convocação do general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto, para esclarecer esse ponto.

O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia, destacou que o depoimento foi significativo para a montagem das investigações sobre uma possível tentativa de golpe de Estado. No entanto, as divergências entre governistas e oposição continuaram evidentes durante a sessão. Enquanto alguns parlamentares acusaram Naime de omissão, outros o consideraram um “preso político”.

A oitiva também trouxe à tona a discussão sobre a atuação da Polícia Militar em relação aos acampamentos golpistas em frente aos quartéis desde novembro. O senador Eduardo Girão ressaltou a importância dos relatórios da Abin e criticou a suposta omissão do governo federal, demandando direitos humanos para o coronel Naime.

Naime apresentou um atestado médico para evitar o depoimento, alegando problemas psicológicos. No entanto, após reavaliação da junta médica do Senado Federal, o coronel decidiu responder às perguntas dos parlamentares.

A CPMI continua sua investigação para desvendar os eventos do dia 8 de janeiro e determinar possíveis responsabilidades pelas omissões e ações ocorridas.

*Com informações da Agência Senado.


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