Ex-ministro Anderson Torres se defende na CPMI do 8 de janeiro

Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do DF e ex-ministro da Justiça.
Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do DF e ex-ministro da Justiça.

Nesta semana, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, prestou seu depoimento perante a CPMI que investiga os atos de vandalismo e depredação ocorridos no dia 8 de janeiro, em Brasília. Acompanhado de seu advogado e amparado por um habeas corpus concedido pelo Ministro do STF Alexandre de Moraes, Torres enfrentou acusações de omissão na prevenção e repressão aos ataques e também discutiu sobre a misteriosa “minuta do golpe” encontrada em sua residência.

Torres iniciou seu depoimento enfatizando sua disposição em colaborar com a investigação, destacando que sempre atuou de maneira técnica no comando da segurança do Distrito Federal. Ele explicou que sua viagem aos Estados Unidos, às vésperas dos eventos de invasão e depredação, ocorreu após ver fotos que indicavam a desmobilização dos acampamentos de bolsonaristas montados no QG do Exército. O ex-secretário afirmou que essa imagem o tranquilizou, levando-o a viajar sem imaginar que os eventos ocorreriam.

Ele também argumentou que os atos de vandalismo só aconteceram devido ao não cumprimento do Protocolo de Ações Integradas (PAI), assinado pouco antes de sua viagem aos EUA. Torres ressaltou que, se o PAI tivesse sido seguido à risca, os eventos do dia 8 de janeiro teriam sido evitados.

Questionado sobre a não execução do Protocolo, Torres respondeu que essa questão deve ser apurada e que a Secretaria de Segurança Pública cumpriu sua parte. Ele também esclareceu que não é atribuição da Secretaria enviar militares às ruas, sendo essa uma responsabilidade da Polícia Militar do Distrito Federal.

Quanto à “minuta do golpe”, o ex-ministro classificou o documento como fantasioso e reforçou que não sabe quem o entregou. Ele assegurou que o papel seria descartado, explicando que o documento não estava guardado em local privilegiado e que não discutiu sobre isso com ninguém.

O depoimento de Anderson Torres na CPMI coloca em foco questões cruciais sobre a preparação e ação das autoridades perante os eventos de 8 de janeiro, bem como a responsabilidade individual e coletiva na segurança pública e na preservação das instituições democráticas. A investigação busca esclarecer os acontecimentos e determinar os responsáveis pelos atos de vandalismo e depredação ocorridos naquele dia.


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