A cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) ganhou uma nova configuração a partir desta quarta-feira (27/09/2023), após a saída do procurador-geral Augusto Aras. Interinamente, a liderança do órgão ficará sob a responsabilidade de duas mulheres: a subprocuradora Elizeta de Paiva Ramos e a vice Ana Borges Coelho do Santos.
A gestão interina das duas procuradoras permanecerá à frente da PGR até que o processo de nomeação do novo procurador-geral seja concluído. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será responsável por indicar o novo titular, e não há um prazo estabelecido para essa indicação.
Após a escolha do nome, o indicado passará pelo processo de aprovação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, posteriormente, pelo plenário da Casa. A posse do novo procurador-geral será agendada após essas etapas.
Eliseta Ramos ingressou no Ministério Público Federal (MPF) em 1989. Ao longo de sua trajetória, participou de diversos colegiados que lidam com questões relacionadas a direitos sociais, fiscalização de atos administrativos e supervisão da atividade policial. Em setembro deste ano, ela foi eleita vice-presidente do Conselho Superior do MPF.
Augusto Aras, indicado duas vezes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, assumiu a liderança da PGR em 2019 e deixou o cargo na terça-feira (26). Durante seus dois mandatos, o ex-procurador enfrentou críticas por não tomar diversas medidas contra Bolsonaro, especialmente durante a pandemia de covid-19.
Em seu último discurso no Supremo Tribunal Federal, na semana passada, Aras rebateu as críticas e destacou que as investigações criminais avançaram “sem espetáculos midiáticos” em sua gestão.
*Com informações da Agência Brasil.
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