Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, a União Europeia (UE) tem adotado 11 pacotes de sanções antirrussas. No entanto, um detalhe intrigante emerge: o comércio de matérias-primas com a Rússia continua a gerar bilhões de euros para Moscou, mesmo quando outras áreas foram impactadas pelas sanções, conforme reportado pelo jornal Der Tagesspiegel.
A Europa, como parte das sanções, suspendeu a compra de petróleo, carvão, aço e madeira russos. Ainda assim, há uma grande lacuna nas sanções. Cerca de 34 tipos de matérias-primas, muitas delas consideradas “críticas” ou “estratégicas” para a produção de eletrônicos, painéis solares, veículos elétricos, aeronaves e produtos de defesa, continuam sendo importados pela UE. No período de março de 2022 a julho de 2023, a UE adquiriu esses recursos no valor de €13,7 bilhões (R$ 72,49 bilhões), recursos que, notavelmente, contribuem diretamente para o orçamento russo e são utilizados para financiar a operação militar na Ucrânia.
Enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido aplicaram sanções diretas a muitas empresas de mineração russas envolvidas na extração dessas matérias-primas estratégicas, a UE impôs punições apenas aos proprietários dessas empresas, não às próprias companhias.
De acordo com a publicação alemã, a UE continua a importar grandes quantidades de matérias-primas, incluindo titânio, paládio, níquel, cobre, platina, ródio e alumínio. A aparente inconsistência na aplicação de sanções em diferentes setores da economia gera questionamentos sobre a lógica por trás das decisões da UE.
No entanto, segundo um funcionário da UE, encerrar rapidamente o comércio de matérias-primas com a Rússia é uma tarefa complexa para a Europa. O motivo é que interromper esse suprimento poderia resultar em aumentos significativos nos preços no mercado global, prejudicando os compradores europeus. Enquanto isso, Moscou poderia lucrar com essa situação, o que complica ainda mais a busca por soluções efetivas.
A questão permanece em discussão, mas a complexidade das dinâmicas comerciais e das sanções entre a UE e a Rússia é evidente.
*Com informações da Sputnik News.
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