Com apenas dois anos de experiência política, Daniel Noboa quebrou as expectativas ao tornar-se o mais jovem presidente do Equador, interrompendo a série de vitórias da esquerda na América do Sul. A transição para o governo de Noboa começará em 17 de outubro de 2023, e o novo líder enfrenta desafios econômicos e de governabilidade em seu mandato.
O Conselho Eleitoral do Equador anunciou oficialmente a vitória de Daniel Noboa Azín nas eleições, com quase 97% das urnas apuradas. O empresário de 35 anos, filho do magnata Álvaro Noboa, derrotou a força política estabelecida no país, marcando uma reviravolta notável na cena política equatoriana.
A virada de Noboa nas eleições representa um desafio para a esquerda equatoriana, liderada pela corrente política do ex-presidente Rafael Correa, conhecida como “correísmo”. O sucesso de Noboa nas urnas demonstra a capacidade de consolidar um apoio significativo, especialmente entre os jovens eleitores, com promessas de criar empregos em um país onde a precariedade no mercado de trabalho é uma questão urgente.
Daniel Noboa traz consigo uma bagagem empresarial, sendo filho de Álvaro Noboa, o empresário mais rico do Equador. Sua vitória nas eleições foi considerada surpreendente, já que seu nome era relativamente desconhecido até recentemente.
O presidente eleito é formado em Administração de Empresas e possui três mestrados em áreas como Administração Pública e Comunicação Política. Ele fundou sua primeira empresa aos 18 anos e tem uma sólida formação em negócios. Apesar de se autodenominar social-democrata, seu discurso econômico e origens empresariais apontam para uma perspectiva de direita liberal.
O Equador enfrenta desafios significativos, incluindo a luta contra o crime organizado e a violência resultante da influência de cartéis do México e da Colômbia. Essa escalada de violência afetou a campanha eleitoral, resultando no assassinato de oito líderes políticos. Além disso, o país enfrenta o impacto do fenômeno climático El Niño, que pode causar danos significativos à economia equatoriana.
A governabilidade de Daniel Noboa dependerá de alianças no Parlamento, já que seu partido, Ação Democrática Nacional (ADN), detém apenas 12 das 137 cadeiras legislativas. A maior bancada no Parlamento pertence à Revolução Cidadã, que responde a Rafael Correa.
*Com informações da RFI.
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