Israel utiliza inteligência artificial de forma sigilosa em operações militares

O uso de IA pelas Forças de Defesa de Israel levanta questões éticas e de transparência enquanto a tecnologia é empregada em operações de guerra. (Foto: Jack Guez/AFP)
O uso de IA pelas Forças de Defesa de Israel levanta questões éticas e de transparência enquanto a tecnologia é empregada em operações de guerra. (Foto: Jack Guez/AFP)

As Forças de Defesa de Israel (FDI) estão usando inteligência artificial (IA) de maneira sigilosa para seleção de alvos em ataques aéreos e na organização logística de operações militares em meio a crescentes tensões em territórios ocupados e com o Irã. De acordo com informações da agência Bloomberg, o Exército israelense tem mantido em sigilo essas operações, embora oficiais tenham confirmado o uso de um sistema de recomendação de IA, capaz de processar grandes volumes de dados para escolher alvos em ataques aéreos.

Apesar da eficiência da tecnologia, oficiais israelenses alegam que ela não está atualmente sujeita a regulamentações internacionais ou estatais. O uso de IA pelas FDI é uma prática já em andamento há algum tempo, mas, nos últimos anos, tem se expandido para diversas unidades. A natureza secreta do desenvolvimento desses sistemas levanta sérias preocupações, especialmente relacionadas à possibilidade de a linha entre sistemas semiautônomos e máquinas de guerra totalmente automatizadas ser reduzida rapidamente.

As próprias Forças de Defesa de Israel reconhecem os riscos e desafios no uso da IA nesse contexto, garantindo que a tecnologia seja cuidadosamente monitorada por soldados treinados. No entanto, críticos alertam para as potencialmente fatais consequências de depender de sistemas cada vez mais autônomos, uma vez que um erro na tomada de decisão da IA poderia resultar em tragédias humanas sem responsáveis claros.

O conflito de 11 dias em Gaza em 2021 foi descrito pelas FDI como a primeira “guerra de IA” do mundo, em que a tecnologia foi usada para identificar plataformas de lançamento de foguetes e implantar enxames de drones. Israel tem expressado seu desejo de se tornar uma superpotência de IA, criando armas letais sem intervenção humana. No entanto, a falta de transparência sobre o desenvolvimento desses sistemas preocupa especialistas e levanta questões sobre a utilização ética e segura da IA em conflitos.

Especialistas citados pela mídia acreditam que Israel deve utilizar a IA estritamente para fins defensivos, considerando que a tecnologia ainda não é completamente confiável para tomar decisões críticas que possam afetar vidas humanas.

*Com informações da Sputnik News.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.