O Comando Militar do Sudeste está atualmente investigando um incidente que deixou a nação em estado de alerta, após o desaparecimento de 21 armas de seu arsenal de guerra. Entre as armas subtraídas, 13 são metralhadoras .50 e oito são de calibre 7,62.
A descoberta do sumiço desse armamento de alto poder letal aconteceu durante uma inspeção de rotina na terça-feira (10/10/2023) e foi anunciada publicamente na sexta-feira (13). De acordo com o Exército, as metralhadoras que desapareceram eram classificadas como “armamentos inservíveis que haviam sido retirados para manutenção”.
Apesar de alegarem que essas armas estavam fora de uso imediato, as metralhadoras .50, se operantes, têm a capacidade de abater aeronaves, tornando o roubo um sério risco à segurança nacional. O local de onde as armas foram roubadas é uma unidade das forças militares situada em Barueri, na região metropolitana de São Paulo.
Para Bruno Langeani, gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, a justificativa do Exército é inconsistente e o furto dessas armas é alarmante, mesmo que elas estivessem fora de operação. Langeani declarou ao jornal Folha de São Paulo: “Fala-se em ‘inservíveis’ e depois em ‘manutenção’. Mesmo que as armas não estivessem em condições imediatas de disparo devido a falta de peças ou problemas mecânicos, o desvio é extremamente preocupante, pois o crime organizado possui profissionais capazes de realizar manutenção nestas armas e produzir peças ausentes em máquinas modernas, ou mesmo ‘canibalizar’ uma arma para consertar outras. Uma única metralhadora .50 nas mãos do crime organizado já coloca em xeque um batalhão inteiro da polícia no Brasil; agora, imagine 13.”
Uma investigação abrangente está em andamento para identificar os autores do roubo, enquanto os militares que trabalham no depósito de armas, onde o armamento é guardado, estão temporariamente impedidos de deixar o local. As autoridades afirmam que tal medida é “conforme os procedimentos previstos para o caso”, de acordo com informações do jornal O Globo.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




