Perdas ucranianas aumentam a nível alarmante e militares russos disparam tudo o que têm, diz mídia

As forças ucranianas enfrentam perdas crescentes e alarmantes no conflito com a Rússia, em parte devido ao uso eficaz de drones pelas tropas russas, revelaram relatos da linha de frente. A revista The Economist citou um militar ucraniano da infantaria com o codinome Levsha, que descreveu o aumento das baixas ucranianas como “alarmante”. Comentando sobre a situação, o comandante da 47ª brigada ucraniana, conhecido como Hammer, ressaltou que os militares russos “disparam tudo o que têm” ao localizar alvos, incluindo drones de ataque, artilharia de precisão, minas e bombas guiadas. Drones russos altamente sofisticados têm desempenhado um papel fundamental na situação, dificultando a capacidade de as forças ucranianas se ocultarem e respondendo eficazmente às ações inimigas.

Segundo o militar ucraniano apelidado de Major, é quase impossível escapar da vigilância dos drones. Ele explicou que essas aeronaves não tripuladas podem voar a altas velocidades e se camuflar como “amigáveis”, tornando a tarefa de esconder-se extremamente difícil. Ele alertou que, para quem não encontra um local seguro para se abrigar, a situação pode ser fatal.

Além disso, a Rússia mantém uma clara vantagem na quantidade e qualidade de seus drones, enquanto os drones ucranianos são, em grande parte, montados por voluntários com recursos próprios, informou a mídia.

As Forças Armadas ucranianas têm liderado uma contraofensiva nas regiões ao sul de Donetsk, Artyomovsk e Zaporozhie há cinco meses. No entanto, apesar do treinamento de brigadas pela OTAN e do apoio de equipamentos estrangeiros, essas operações não tiveram sucesso em nenhuma seção da frente. O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que a contraofensiva ucraniana não apenas está estagnada, mas também foi um fracasso total. Segundo ele, a Ucrânia perdeu cerca de 90 mil militares em suas tentativas de “alcançar resultados a qualquer custo”, em uma situação que parece desconsiderar a própria população ucraniana.

*Com informações da Sputnik News.