A tão aguardada trégua na Faixa de Gaza parece caminhar para a concretização com o anúncio do Hamas de libertar 13 reféns israelenses nesta sexta-feira (24/11/2023). O acordo, intermediado pelo Catar, Egito e Estados Unidos, prevê a liberação de prisioneiros em troca de um cessar-fogo temporário, cuja duração dependerá do número de reféns soltos.
O primeiro dia da trégua, iniciada às 7 horas da manhã (horário local), já enfrentou desafios com dois ataques de foguetes do Hamas contra o Sul de Israel, colocando em risco o acordo. Israel, por sua vez, pediu que os moradores do norte de Gaza, evacuado após a incursão israelense, evitem retornar à região durante a trégua.
O compromisso também envolve a entrada de mais combustível em Gaza e a libertação de três presos palestinos por cada refém solto. Israel concordou em liberar apenas menores de idade e mulheres, desde que não tenham envolvimento direto em ataques a israelenses.
Caso o acordo seja bem-sucedido, aproximadamente 50 reféns serão libertos ao longo de quatro dias, totalizando cerca de 150 presos palestinos. A cada grupo de reféns, Israel manterá 24 horas de trégua, com a possibilidade de estender o período dependendo da cooperação do Hamas.
Entre os reféns israelenses, estrangeiros não estão incluídos na lista. O Hamas, que realizou o maior ataque terrorista contra Israel em 7 de outubro, busca trocar os sequestrados por palestinos presos em Israel.
O desenrolar desse acordo delicado permanece incerto, com obstáculos técnicos e possíveis hostilidades imprevistas. O presidente dos EUA, Joe Biden, optou por não divulgar detalhes até a conclusão da libertação dos reféns.
*Com informações da RFI.
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