Israel imagina que a derrota militar do Hamas acabará com sua ideologia radical. Quando, em 2014, na mesquita Al-Nuri, em Mossul, no Iraque, Abu Bakr al Baghdadi declarou a existência do califado do Estado Islâmico (EI), não se imaginava que a bandeira negra que tremulava num minarete de 45 metros, no alto da mesquita iria percorrer o mundo. O califado veio como uma forma de vingança contra o ocidente, que lutou contra o Islã desde as Cruzadas medievais que espalharam terror por todo o território islâmico. Em vez de derrotado, como imaginava o ocidente, o califado, que era até então regional, passou a ser global, atuando, inclusive, na guerra entre o Hamas e Israel.
O EI influenciou a criação do Hamas. Em 1987, um grupo político palestino, ligado ao movimento político islâmico sunita, chamado “Irmandade Muçulmana”, gerou o movimento Hamas. Esse movimento deu um golpe na Autoridade Palestina e passou a controlar a Faixa de Gaza, um território de pouco mais de 360 km quadrados, superpopuloso, com mais de 2,6 milhões de habitantes. A outra parte do território palestino, a Cisjordânia, está sob o controle do partido Fatah, com regiões ocupadas por colonos israelenses e controle militar do governo de Israel. Esse território é motivo de disputa e guerras frequentes entre Israel e Hamas, pois a Cisjordânia é a maior das áreas dos palestinos. São quase 6 mil km², aproximadamente o tamanho do Distrito Federal.
Na área já existe um muro construído pelo governo israelense para cercar os palestinos. Trata-se de uma rede de cercas com valas para veículos cercadas por uma área de exclusão média de 60 metros de largura e até 8 metros de altura de paredes de concreto. Está localizada principalmente na Cisjordânia, ao longo da linha do Armistício de 1949, conhecida como “Linha Verde”, entre o território palestino e Israel e Israel. O Hamas não aceita isso, nem tampouco o Estado Islâmico. Quem vai resolver esta situação.
*Luiz Holanda, advogado e professor universitário.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




